Oi, pessoal! Tudo bom?
Preciso contar um segredo: não queiram encontrar comigo na fila do caixa de um supermercado. Sim, eu sou aquela pessoa que empaca o fluxo. É que, com frequência, tenho a sensação de que algum preço está errado e alguém precisa checar a etiqueta. Afinal, “como só meia dúzia de coisas custou tudo isso?”. Agora, me diz…eu sei que não estou sozinha nessa sensação de que algo está muito errado.
Como você já sabe, essa sensação é bem real e se chama inflação. E são os preços dos alimentos que mais têm subido nos últimos anos. Quem mais sofre é quem ganha menos. Quanto mais baixa a renda de uma pessoa, mais ela compromete esse orçamento com o básico, com comida.
Se colocarmos nessa conta a dificuldade do país de crescer e gerar riqueza, temos um problema que é bem maior do que a fila travada do supermercado: a dificuldade de comer no Brasil. O número de pessoas que passam fome ou vivem insegurança alimentar está cada vez maior e já soma mais de 60 milhões de pessoas. É muita gente.
No episódio do Semanada desta semana, a gente falou sobre os custos reais de comer no país. Uma coisa que aprendi ao escrever o roteiro deste episódio é que, infelizmente, comer é um privilégio e que existem muitos fatores que pesam na balança que vão além do arroz com feijão. Mas, também aprendi que existem maneiras e soluções de tornar um prato de comida acessível para mais gente –algumas dependem da gente mesmo.
Dá o play pra ouvir e me conta que estou muito CURIOSA: quanto custa um prato feito aí onde você mora? O preço subiu muito?
Ahh, se você me encontrar no supermercado, prometo não travar a fila, tá!
Beijos!