Compras no exterior: é melhor pagar no crédito, dinheiro ou pré-pago?
Saiba qual é a melhor maneira de gastar na sua viagem e evite sustos quando a conta chegar
O planejamento de qualquer viagem internacional passa pela decisão de como carregar o dinheiro. Cartões de crédito, cartões pré-pagos e moeda em espécie são as alternativas mais comuns, cada uma com seus prós e contras. Se as palavras IOF, conversão e câmbio andam te dando pesadelos, calma: encontrar a melhor opção para você é mais fácil do que parece.
Dinheiro para compras no exterior
À primeira vista, o dinheiro vivo tende a ser a alternativa mais barata. Isso acontece porque o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF)cobrado sobre ele é de apenas 1,1%, baixo em relação ao dos cartões. Também conta a favor o fato de que praticamente qualquer estabelecimento vai aceitar esse método de pagamento – uma mão na roda para quem vai para destinos menos urbanizados, por exemplo.
O lado negativo: turistas chamam atenção; turistas que tiram dinheiro da carteira o tempo todo chamam mais atenção ainda. Carregar grandes quantidades pode expor o viajante a furtos, ou até mesmo perdas acidentais.
Outro ponto importante é que, apesar do IOF baixo, quem compra dinheiro está sujeito às cotações das casas de câmbio. Entre comprar e vender reais (aqui ou no exterior), a conta acaba subindo, especialmente se o seu destino tiver uma moeda pouco comum.
Vamos supor que você vá para a República Tcheca. A coroa tcheca não é vendida no Brasil, portanto, será necessário comprar euros ou dólares e só depois de chegar ao país trocá-los pela moeda local. Ou seja, seus gastos com taxas de conversão dobraram (e seu trabalho também).
Cartão de crédito
Por um bom tempo, o cartão de crédito foi taxado de vilão para quem iria viajar para o exterior. Culpa do IOF de 6,38% cobrado sobre qualquer transação, mas, principalmente, do fator imprevisibilidade: você faz a compra, volta para casa e, um mês depois, a moeda subiu – e seus gastos, por consequência, também.
A boa notícia é: o IOF pode até seguir igual, mas a surpresa na fatura, não. O cartão de crédito do Nubank, por exemplo, foi o primeiro a converter o valor em reais no momento do processamento da compra, trazendo mais visibilidade de quanto o cliente vai pagar no fim do mês. Neste ano, o Banco Central determinou que, até março de 2020, todos os cartões de crédito serão obrigados a fazer o mesmo.
Mais um ponto positivo para o crédito: quem tem programas de benefícios consegue pontuar a cada gasto – no caso do Nubank Rewards, dá inclusive para pagar despesas da viagem com os próprios pontos.
Cartão pré-pago
Até alguns anos atrás, o cartão pré-pago era o queridinho dos viajantes. O jogo virou em 2014, quando o IOF incidente sobre ele subiu de 0,38% para 6,38% – o mesmo do crédito. O imposto é cobrado nos momentos de carga ou recarga e a cotação que vale é a do momento da compra.
Com isso, do ponto de vista de economia de dinheiro, a única diferença entre o pré-pago e o crédito é que, no primeiro, a cotação da moeda que vale é a do momento da carga; no segundo, cada compra está sujeita à taxa do dia do processamento.
Tal qual o dinheiro em espécie, o cartão pré-pago exige mais burocracia que o de crédito, já que precisa ser contratado e carregado. A vantagem é que, durante a viagem, as recargas podem ser feitas online. Comparado ao dinheiro, o pré-pago é mais seguro, já que não chama tanta atenção e pode ser cancelado em caso de roubo ou perda. Em relação ao crédito, permite um controle maior sobre o orçamento da viagem, já que o valor inicial vai diminuindo até acabar.
OK, mas qual é o melhor para compras no exterior?
Não existe resposta certa. Cada viajante tem suas peculiaridades e, portanto, métodos diferentes funcionam para pessoas diferentes. De modo geral, independentemente de optar por cartão, é importante levar pelo menos uma pequena quantia em espécie – vai que você dá de cara com um estabelecimento que não aceita outra forma de pagamento?
DINHEIRO | CRÉDITO | PRÉ-PAGO | |
---|---|---|---|
IOF | Baixo | Alto | Alto |
Segurança | Mais exposição | Menos exposição | Menos exposição |
Burocracia | Alta | Baixa | Média |
Controle sobre orçamento | Mais controle | Menos controle | Mais controle |
Acúmulo de pontos | Não | Sim | Não |
Conversão | No momento da troca | No momento de cada compra | No momento da recarga |
Se formos pesar os prós e contras, o cartão de crédito acaba tendo a melhor relação de custo-benefício, mas apenas se ele seguir a regra do cartão Nubank: conversão na hora do processamento da compra, sem cilada no fim do mês. Em viagem, só vale surpresa boa! |
Fonte: Blog: Fala Nubank!