Com a chegada do Uber e outros aplicativos inovadores que permitiram a motoristas uma modalidade de trabalho mais flexível e sem vínculos, o termo uberização surgiu como uma forma de designar quaisquer trabalhos similares, de forma pejorativa, sem os direitos assegurados pela CLT ao trabalhador e com a exploração de mão de obra, o que não concordo.
De fato, os apps como o Uber, 99, InDriver, iFood e outros do gênero abriram as portas para muitos profissionais que se encontravam desempregados ou que precisavam complementar a renda nas horas de folga do seu emprego formal. Inclusive várias dessas plataformas oferecem oportunidades para jovens, sem experiência anterior e CNH, poderem trabalhar fazendo entregas com bikes.
Ou seja, muitas pessoas excluídas do mercado de trabalho formal encontram nesses aplicativos o apoio que não recebem de outra forma. Embora seja entendido como trabalho “precário” para alguns críticos, é de grande valia em situações de aperto financeiro pelo qual muitos passam, principalmente nas grandes metrópoles do país.
Além disso, não se pode negar a grande vantagem de poder trabalhar o dia que quiser ou puder, o que não é possível em empregos formais. Muitos trabalhadores que precisam se ausentar algumas horas ou até mesmo dias do trabalho para resolver problemas pessoais têm que rogar o favor de seus patrões, algo que é totalmente desnecessário para quem ganha a vida através de plataformas de terceirização de mão de obra, como Workana, Freelancer, Fiver, dentre outros.
Um app peculiar que vem fazendo bastante sucesso é o Helppi, cujos desenvolvedores enxergaram uma oportunidade no setor do varejo, muito carente de mão de obra em todo o país, devido as jornadas exaustivas e remuneração baixa. Ele propõe ser o elo entre os empregadores do setor e pessoas desempregadas, oferecendo treinamento a estas últimas para que possam preencher vagas em supermercados e estabelecimentos do gênero carentes dessa força de trabalho difícil de encontrar atualmente.
As pessoas que passam pelo treinamento são chamadas de Helppers. A boa notícia é que não requer experiência prévia, o que torna essa alternativa muito interessante para jovens que ainda não tiveram acesso ao mercado de trabalho. Os pagamentos são efetuados por semana, as informações relacionadas aos dias de trabalho ficam registradas no próprio aplicativo.
Dentre os clientes da plataforma há empresas do varejo e atacado, logística, distribuidoras, shoppings e até indústrias. As oportunidades geralmente são para atividades como preparação de pedidos, reposição de produtos, elaboração de listas de compras, carregamento e descarregamento de mercadorias, atendimento, etc…