Pra complementar o tópico, segue vídeo com gráficos ressaltando os 20 países que mais exportaram alimentos, de 1980 até 2020 (em dólares):
É possível notar que, nos anos de hiperinflação, a exportação de alimentos no Brasil teve uma retração, com estabilização relativa com o advento do Plano Real, sendo que a partir de 2003 houve uma retomada gradual nas exportações, que por sua vez, pode ser entendida como um reflexo da disponibilização de crédito “fácil” subsidiado pelo governo federal, que foi ofertado principalmente a grandes empresários, possibilitando grandes investimentos na área.
Mas como bem diz uma frase já bem conhecida na economia: “não há almoço grátis”. E a “conta” desse crédito fácil, isto é, credito com taxa de juros abaixo do praticado no mercado (com a diferença subsidiada pelo governo, ou seja, por nós cidadãos) chegou nos anos posteriores, bem como demais escândalos conhecidos envolvendo o governo federal daqueles anos.
Mesmo assim, é ótimo que o setor de alimentos no Brasil seja tão forte.
Só lamento que toda essa força de produção e exportação quase não exista em outros setores importantes também, como tecnologia (produtos manufaturados).
No Brasil não há uma marca nacional relevante de veículos, ou de semicondutores (processadores, bens de informática e eletrônica), ou demais produtos industrializados. Até existem empresas, mas não há o reconhecimento ou qualidades mundialmente reconhecidas.
Mas voltando ao tema… Acredito que o problema é mesmo como o @Samuel destacou… E acrescento que, além da corrupção, o país cobra uma elevada carga tributária aos cidadãos, sendo que essa grande verba arrecadada não é devidamente “devolvida” a nós através dos serviços públicos oferecidos pelo governo.
Na Educação, os cidadãos preferem escolas particulares; na saúde, preferem planos de saúde particulares, e a segurança pública é desvalorizada por muitos e às vezes nao recebe o treinamento adequado, com a rigidez adequada.
Na minha opinião, a desigualdade social é causada primariamente pelo próprio (des)governo, que não sabe gastar devidamente aquilo que arrecada, e ano após ano só sabe aumentar e criar mais impostos, além de desviar verbas públicas, é claro.