O que vocês acham de usar demonstrativos de resultados (DREs) e fluxo de caixa para decidir comprar ações?
Olá Felipe! Vamos lá, vou tentar contribuir com a sua ideia e clarear o que é cada uma dessas visões, DRE (Demonstrativo de Resultado do Exercício), visão mais contábil e DFC (Demonstrativo de Fluxo de Caixa), visão mais financeira.
Usar o DRE e DFC para tomar decisões sobre a compra de ações é uma estratégia bem fundamentada, já que ambos oferecem uma visão importante sobre a saúde financeira de uma empresa.
Como cada visão pode ser útil?
1. Demonstrativo de Resultados (DRE):
O DRE mostra o desempenho da empresa em um determinado período, como receitas, custos, despesas e, claro, o lucro líquido. Ao olhar para o DRE, você consegue avaliar se a empresa está gerando lucro de forma consistente e eficiente. Se os lucros estão crescendo ao longo dos trimestres ou anos, isso pode ser um bom sinal de que a empresa é sólida. Comparar esses números com outras empresas do mesmo setor também é essencial para entender o contexto.
Gosto de dizer que o DRE é uma foto de como está a saúde da empresa.
2. Demonstrativo de Fluxo de Caixa (DFC):
O DFC, por sua vez, detalha como o dinheiro realmente entra e sai da empresa. Ele é dividido em três partes principais:
- Operações
- Investimentos
- Financiamentos
O fluxo de caixa operacional é crucial porque mostra se a empresa está gerando caixa suficiente para sustentar suas atividades principais. Se o fluxo de caixa está positivo e crescendo, isso indica que a empresa tem uma base financeira sólida. Por outro lado, se o fluxo de caixa for negativo, pode ser um alerta, mesmo que o lucro no DRE pareça positivo.
Diferente do DRE que é uma foto, o DFC é um filme da saúde da empresa.
Como isso ajuda na hora de investir?
-
Lucros consistentes: Se a empresa tem lucro no DRE, mas não consegue transformar isso em caixa real no DFC, é um sinal de que esses lucros podem não ser tão sólidos quanto parecem.
-
Endividamento: O DFC também mostra como a empresa está financiando suas operações. Se ela está se endividando demais para manter suas atividades, pode ser um risco, principalmente em momentos de crise ou alta de juros.
-
Reinvestimento e Crescimento: Ver como a empresa usa o caixa gerado para investir em crescimento futuro também é fundamental, principalmente se você está pensando em um investimento de longo prazo.
Ou seja…
Na minha visão, analisar o DRE junto com o DFC dá uma visão bem mais completa da empresa. O DRE ajuda a entender a rentabilidade, enquanto o DFC mostra a sustentabilidade financeira.
Usar esses dois demonstrativos em conjunto te ajuda a tomar decisões de investimento mais seguras e bem fundamentadas.
Pergunta provocativa @FelipeE1! Eu vejo os demonstrativos de resultados (DREs) e o fluxo de caixa como peças fundamentais no quebra-cabeça da análise de investimentos. Eles são como a ‘raio-X’ da saúde financeira de uma empresa.
O DRE, como já foi dito acima pelo @BrayanRampin te mostra o que a empresa está fazendo em termos de lucro e perdas, enquanto o fluxo de caixa revela se esse lucro realmente está entrando no caixa ou se está só no papel.
Porém, é importante lembrar que investir em ações não é só sobre números, mas também sobre entender o setor, a gestão da empresa e o cenário econômico como um todo.
O importante sempre é combinar essas análises financeiras com um olhar mais estratégico e de longo prazo, é por aí mesmo @LuckPass, @Danielbighelini, @FernandoLacerda
Alguém vai aparecer para falar sobre esta parte de assunto!
@FelipeE1 e @Saude, vou ficar devendo.
Não tenho experiência e conhecimento suficiente para contribuir com o tópico.
Vou ficar de olho aqui, nas postagens, para aprender.
São parte de uma boa análise fundamentalista analisar esses indicadores.