Como vocês falam sobre dinheiro com os mais jovens?

Oi, @NuCommunity! :waving_hand:t5: Vamos conversar?

Há um tempo, a gente abriu um papo por aqui sobre lições financeiras com os pequenos em um tópico lindo feito pelo @ClaudioSilvaDigital.

Agora, queremos retomar a conversa, com foco na troca de experiências.

Me respondam aqui: seja com filhos, sobrinhos, irmãos, afilhados ou qualquer criança ou adolescente que faça parte da sua vida… Como rolam esses papos sobre dinheiro na sua família? :eyes:

E se você é jovem e já ouviu (ou ignorou :face_with_hand_over_mouth:) conselhos sobre finanças, também queremos saber o que fez (ou não) sentido pra você :purple_heart:

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Não recebi conselho nenhum, ou melhor, recebi mas foram os piores possíveis, meu pai sempre endividado e minha mãe dona de casa, tudo que sei hoje como investidor amador e com um emprego que paga as minhas contas e sobra um pouco aprendi nos livros.

Com certeza farei tudo diferente quando tiver um filho se Deus quiser.

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Falar de dinheiro na minha família trata-se de ser um dos principais valores da família, mas não o único e/ou o mais importante.

A experiência entre gerações são as respostas para os valores financeiros em que aprendemos com eles. Aliás, a bommer já dizia:

“Tudo é dinheiro, po@@@a…”

O que nas entrelinhas trata-se de:

“… Ninguém vive sem a verdinha, assim como, ninguém vive só para ela…”

Resultado: Equilíbrio financeiro e ouvir os mais velhos.

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Muito veio com a vida e ganhos próprios desde cedo, mas tinha uma frase de meu pai “memorável” quando novo

“Não preciso falar outras línguas para viajar, o dinheiro é a língua universal, basta ter que qualquer um se comunica com você”.

E foi assim as viagens pela Europa e América.

Resultado: Tenha dinheiro e as portas se abrem

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Então neh, tenho uma filha de 11 anos e ela recebe uma mesada de R$49,00. Sempre a aconselho que guarde parte desse valor mas sem interferir nas decisões dela. Além da mesada ela faz bolos de pote pra vender entre os conhecidos e melhorar sua verba. Supervisiono e vejo o quanto essas plataformas de vendas atraem ela e a vejo gastar o pouco que ganha. Confio de que ela vai aprender a valorizar seu dinheiro, passando por apertos ao ter que comprar os insumos para continuar com seus bolos, pois ela ja aprendeu a separar o dinheiro provenientes da nanoempresinha. Acompanho ela passar por essas situações para que adquira consciência com finanças ainda cedo. Para que no futuro, cada experiência vivida some com suas decisões diárias.

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No passado, não tão distante, cabia aos pais educar e orientar os filhos sobre temas financeiros e, em geral, costumava dar certo.
Em alguns casos, a credibilidade pessoal podia ser aferida com base na credibilidade familiar, que inclusive avalizavam a negociação.
Nessa época, os negócios eram fechados “no fio do bigode”.

Com o tempo e a consequente evolução das operações financeiras, foram criados métodos mais seguros para quem precisava de crédito e, em contrapartida, davam garantias para quem o concedia.

Atualmente o tema dinheiro, ou melhor, finanças de maneira geral, ainda pode ser versado pelos pais, desde que possuam experiências (positivas ou negativas) para compartilhar.

A diversidade de Fontes sobre esse tema é tamanha, que convém analisar se se tais Fontes tem propriedade e expertise acerca do assunto.

Há diversos Canais no Youtube e Artigos sobre o tema na Internet e, praticamente sua totalidade tem o objetivo, velado ou explícito, de vender algum curso (de êxito geralmente duvidoso…) ou estão ligados a programas de marketing de afiliados, que em ambos os casos retornam em rendimentos aos autores, sem necessariamente agregar algum conhecimento técnico aos espectadores.

Para falar sobre dinheiro com os mais jovens, primeiramente é necessário compreender a realidade da grande maioria dos jovens brasileiros, que salvo as raras exceções, vivem numa “corda bamba”, sempre tentado equilibrar os ganhos com as despesas e, quando possível, reservar alguma sobra para poupar.

O melhor método para iniciar é a notória dica de fazer uma planilha (física ou eletrônica) e nela lançar todos os Créditos e Débitos atuais e futuros, para compor um Plano Financeiro e ter em mente que para te êxito nesse processo, leva tempo e requer muita paciência e principalmente regularidade.

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Não rolavam conversas sobre economia na minha família. Falava-se muito sobre dinheiro, já que minha progenitora era obsecada por ele, mas nunca de um jeito edificante. Talvez por isso eu tenha cometido tantos erros financeiros quando jovem. Tudo o que sei hoje foi resultado de um amadurecimento após muitos tropeços.

Também não converso com outros jovens sobre dinheiro, mas se eu tivesse um filho, daria todos os conselhos que eu gostaria de ter recebido e não tive. Acho muito importante que saibam o valor do dinheiro desde cedo.

Mas como não pretendo ter filhos, não me vejo falando sobre finanças com quem quer que seja. Só recentemente que comecei à opinar um pouco aqui após descobrir a NuCommunity!

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Achei o relato do @Valdemir_Moura muito show…

Na minha experiência tive sorte de conviver com um incrível administrador que sempre me deu ótimos exemplos, mas acho que faltou um pouco disso, de me apresentar o dinheiro na prática, de me envolver mais no orçamento, enfim, acho que pra tudo tem hora certa, mas fui por muito tempo “poupada” da preocupação com relação a isso e tive que aprender pela observação e isso nem sempre dá muito certo.

Hoje minha relação com dinheiro é bem boa, investidora muuuuito amadora, mas responsável. Queria ter aprendido mais e mais cedo.

Hoje não tenho filhos ainda mas costumo conversar sempre com os colegas da minha idade e com as crianças da minha família também, acho que não deve ser um tabu falar de dinheiro, procuro instigar responsabilidade, planejamento e propósito como foco sempre pra promover a reflexão e a consciência desde cedo. :purple_heart:

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Aqui a relação é com o sobrinho. Hoje um adolescente, mas desde que era criança sempre procurei casualmente por oportunidades para tratar de assuntos de finanças. Lembro-me que certa vez aproveitei que passava férias na minha casa e usei um joguinho de videogame para falar de dinheiro :money_bag: . Eu não falava diretamente de dinheiro, mas ia enfatizando aspectos que pudessem ter um paralelo, apenas para ir incutindo a ideia, sabe? Incrivelmente, era possível falar de:

Dinheiro como fruto do trabalho

Essa relação é fácil fazer, e está presente em muitos joguinhos. Eu tentava enfatizar que para ganhar as “moedinhas” :coin: era preciso de esforço, coletar as que estiverem no cenário, fazer as “quests”, etc.

Investimentos com visão de longo prazo

No jogo que a gente jogava (Marvel Superheroes) tinha a possibilidade de adquirir “habilidades passivas” que multiplicavam as moedinhas que a gente viesse a conquistar posteriormente. Dentre tantas outras coisas que poderiam ser adquiridas, eu tentei mostrar pra ele que valeria a pena, no começo, investir em adquirir essas habilidades de multiplicar “moedinhas”, vez que lá na frente seria muito mais fácil a gente obter qualquer outra coisa. E funcionou que foi uma beleza! Lembro que , depois que compramos uma série desses multiplicadores, ele ficou pasmo com a facilidade em encher os cofres pra comprar as outras coisas.

Utilidade no consumo e guardar para atingir um objetivo

Essa analogia aqui também dá pra usar em uma série de joguinhos. Normalmente há uma série de itens que podem sere adquiridos com as “moedinhas”, mas nem tudo o que está disponível tem utilidade ou valor. Muitas vezes a gente acaba gastando “moedinhas” para comprar coisas inúteis e sem valor, e a gente acaba demorando a conseguir comprar as coisas que a gente valoriza de verdade. Vi muitas oportunidades para dizer: “Não vamos comprar este item, pois a gente quer conquistar aquele outro lá, que ainda não conseguimos pagar.” Em alguns momentos ainda se tornava algo mais complexo, com objetivos intermediários, algo como: “Queremos aquele item lá, mas a gente não consegue chegar lá com o que a gente tem agora. Vale a pena a gente comprar este outro aqui, que vai ajudar a gente a chegar lá.”

Enfim, foram férias ótimas, jogamos bastante, e eu fiquei surpreso com o quanto foi possível usar dos joguinhos pra “falar de dinheiro sem falar de dinheiro”.

Mas não só nos joguinhos, na hora de comprar alguma comida, algum brinquedo, sempre busquei oportunidades para trazer alguma ponderação.

Hoje o menino é adolescente, curte conversar sobre finanças e economia, fala de taxa de juros e Tesouro Direto como nunca vi. Na formatura do ensino fundamental ganhou do tio (e da tia) um “Gift-Card da B3 de Tesouro Direto”. Morro de orgulho do garoto! :star_struck: :purple_heart:

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Que demais ver o quanto ela já tá desenvolvendo esse senso de autonomia com o dinheiro, @Valdemir_Moura! E ainda empreendendo com os bolos de pote! Esse acompanhamento que você faz, deixando ela sentir na prática sem perder de vista, é precioso demais.

Aproveitando o papo: na opinião de vocês, qual a idade ideal pra começar a falar de dinheiro com as crianças?

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Brilhou com o Gift-Card, @FernandoLacerda! E achei linda a forma como você usou os joguinhos e as situações do dia a dia pra plantar essa sementinha sem forçar. Acho que esse acaba sendo o maior desafio, né? Encontrar brechas naturais para falar de finanças de um jeito que não seja chato. Parabéns pelo trabalho com ele :clap:t5: E eu fiquei curiosa: ele costuma acompanhar algum influenciador ou canal sobre finanças? Ou ele te tem como referência? Seria legal saber o que tem chamado a atenção dos adolescentes nesse universo.

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Incrível saber que hoje você leva essas conversas adiante com amigos e crianças da família, @Thais_Camilla! Você tem alguma tática pra quebrar o gelo? Porque, realmente, falar de dinheiro ainda é um tabu… E isso atrasa tanto o nosso aprendizado, né?

É uma pena que muitas vezes a gente só seja envolvido nesses assuntos quando já tá enfrentando as consequências. Que bom ver você ajudando a mudar esse cenário :purple_heart:

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Olha, é de tudo um pouco, viu? Que ele acompanha algum influenciador (ou alguns) eu sei, mas não faço ideia de quem. E ele me tem, também, como uma das referências. Temos também amigos muito próximos que são economistas e com quem ele tem o maior papo. Ah, e um tempo atrás ele estava vidrado naquele programa Shark Tank Brasil.

Hoje já nem preciso mais procurar oportunidades casuais pra “falar de dinheiro sem falar de dinheiro”, visto que nitidamente se tornou um interesse do garoto. Na verdade, a preocupação agora vai no sentido contrário, de não deixar isso se tornar uma fixação, mas hoje não vejo esse risco não.

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Não tenho uma “tática” específica, depende de quem eu falo, da intimidade e idade..

Com meus iguais (jovens adultos) eu falo rasgado minhas ideias e perguntas (desde que não seja invasiva) e geralmente flui naturalmente sobre tudo que envolve dinheiro… já com os adolescentes e crianças eu procuro levantar reflexões sobre prioridades e escolhas, conversando sobre os interesses de cada um, os sonhos, o preço e valor das coisas, depende da idade mesmo e o contexto que estamos, mas acho que o assunto precisa deixar de ser um tabu, tô tentando normalizar pq isso não foi normalizado pra mim desde cedo. E eu percebo que eles gostam de falar sobre, os pais me agradecem :purple_heart:

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Creio que o exemplo seja também uma boa forma de ensinar sobre finanças. Meus pais sempre foram cuidadosos com as finanças. Meu pai, particularmente, sempre gostou muito de pesquisar, pechinchar para encontrar as melhores ofertas em supermercados e feiras nos dias livres, não era dado a extravagancias, nunca foi perdulário, não tinha vícios.

Da mesma forma minha mãe que, como boa dona de casa, sempre soube gerir os fatos com alimentação e limpeza dentro do orçamento. Os filhos não recebiam sermões sobre como gastar o dinheiro, mas tiveram os melhores exemplos práticos possível como fazer uso racional dele.

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Minha família fala muito em se preparar, tomando cuidados com os gastos desnecessário, esse gasto vai fazer falta…

O pouco sendo administrado, vale mais do que o muito sendo extrapolado.

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As pessoas só se preocupam com financeiro quando passam por grandes dificuldades eu acho. Não vejo nenhuma abertura pro assunto com familiares. Só meu pai se interessa e uma das irmãs.

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