CVM na Blockchain: jogada de mestre ou ousadia?

Olá,
Comunidade :waving_hand:

O primeiro passo foi dado — e é brasileiro.

Quem me acompanha sabe: já vinha avisando que uma hora a lógica ia virar de ponta-cabeça. Do “papel moeda” (R$, US$, etc.) para os registros criptográficos (blockchain e seus tokens). Pois é, agora não é mais teoria: a CVM acordou e jogou a bomba no colo do Banco Central.

:globe_showing_europe_africa: Nos últimos anos, o mundo já vinha dando sinais: crises, fraudes, experimentos… nada comparável ao subprime de 2008, mas suficiente para mostrar que o sistema fiduciário tinha rachaduras e que a regulação digital seria inevitável. Não é que as criptos sejam a solução mágica, mas já ficou claro que são parte da mudança.

:pushpin: E aqui está a novidade fora da curva: a CVM anunciou para 2026 a implementação de uma infraestrutura em blockchain. A ideia? Criar um “cartório digital” ou protocolo de registro distribuído (DLT), aumentando eficiência, transparência e segurança no mercado de capitais.

:locked: Detalhe importante: não será uma blockchain pública para qualquer um, mas sim permissionada (privada), voltada a tokenização de ativos, não à criação de uma criptomoeda própria.

E aqui entra a parte curiosa: para colocar de pé essa estrutura, são necessários programadores de blockchain, que não são nada comuns por aqui. Quem tem essa mão de obra sobrando desde 2015? Nossos hermanos :argentina: argentinos. Mesmo com a economia capengando, exportaram talentos que hoje são disputados no mercado global.

:light_bulb: Agora, adivinha quem tem escritório forte na Argentina? Exatamente: o Nubank. Ou seja, está com a faca e o queijo na mão para navegar nessa nova ponte regulatória.


E quais setores se beneficiam mais com essa reestruturação da CVM?

Fintechs.

Essas empresas, nascidas no digital, têm flexibilidade, escalabilidade e inovação como DNA. São justamente as que conseguem adaptar rápido seus modelos para aproveitar esse novo “mercado tokenizado”. Já os bancões tradicionais até vão participar, claro, mas para eles a estrutura atual da B3 ainda resolve bem.

A nova camada criada pela CVM nivela o campo, abrindo espaço para PMEs, ativos ilíquidos (como precatórios e recebíveis) e produtos financeiros que antes ficavam fora do radar.


Dúvidas frequentes

:backhand_index_pointing_right: É fato ou especulação?
É fato comprovado. O próprio presidente da CVM, João Pedro Nascimento, anunciou publicamente em eventos oficiais.

:backhand_index_pointing_right: Qual será a rede?
Permissionada, desenvolvida com apoio do Serpro, provavelmente baseada no Hyperledger Besu (compatível com Ethereum e smart contracts).

:backhand_index_pointing_right: Vai competir com a B3?
Não. A B3 continua com os grandes volumes. A rede da CVM surge como complemento, abrindo caminhos para quem não tinha acesso antes.

:backhand_index_pointing_right: Quem ganha primeiro com isso?
Corretoras, distribuidoras e fintechs. Bancos tradicionais também poderão entrar, mas a vantagem competitiva inicial está com os mais ágeis.


:crystal_ball: Conclusão: estamos diante de uma reestruturação digital e sistêmica do mercado de capitais brasileiro. De um lado, a B3 tradicional; de outro, a nova infraestrutura blockchain regulada pela CVM. Juntas, podem abrir espaço para um mercado mais democrático, acessível e transparente.

Leia a matéria sobre este grande anúncio e, compare a mudança sistêmica que encontra-se em seus estágios iniciais, conforme relatado acima… :fast_forward_button:


E aí, comunidade:
→ Vocês acham que essa ponte regulatória vai fortalecer de vez o Brasil nesse cenário ou ainda estamos dando só o primeiro passo?

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Cara, realmente o Brasil tem pouca coisa nesse quesito, nem mesmo temos tantos desenvolvedores web3, acredito que é algo muito restrito às fintechs com pessoal de nível técnico muito elevado, digo por experiência própria, pois sei de polos de inovação onde blockchain é estudada para aplicações reais.

Acho incrível isso, acredito que com a tokenização de ativos teremos muito mais propriedade sobre os nossos ativos, além da facilidade de transacionar os mesmos, ainda que comece com poucos ativos, já será um marco sem igual em outras partes do mundo.

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Tudo precisa ser repensado, Correios, Cartório, INSS… as tecnologias vêm e seguimos vivendo do tempo das cavernas.

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