Eu não queria ter que explicar por que não faz sentido limitar o poder de compra de um cliente de forma arbitrária. Mas vamos lá.
Em geral, faz, sim, sentido considerar porcentagem de utilização de serviços quando decidir quais deles priorizar. Por exemplo, suponhamos que a nova funcionalidade de investimentos pelo app seja pouco utilizada pelos clientes; como ela possui custo, em poucos meses e em algumas reuniões é provável que cancelem a funcionalidade.
Esse outro caso é diferente e não faz muito sentido. O padrão da indústria das carteiras digitais é não colocar limites, justamente pois o objetivo do pagamento pelo smartphone é substituir o cartão físico. Não só porque é mais prático, mas porque também é mais seguro. Até onde me vem o conhecimento, apenas o Santander, que não é uma referência em pagamentos NFC, possui uma limitação no Samsung Pay.
O objetivo da carteira digital é substituir o cartão físico. Mas alguns exemplos práticos podem ser elucidativos: compras de material de construção; substituição de eletrodomésticos e eletrônicos; pagamento de serviços presenciais um pouco mais caros. Na minha perspectiva, isso é totalmente razoável.
Acho que a pergunta deveria ser outra: como não há motivo razoável para a limitação, por que há um limite na quantidade de cartões? Não acha que um cliente deveria poder escolher o melhor número de cartões virtuais para ele? Eu não deveria poder usufruir do serviço sem precisar ter que justificar?
Esse questionamento dos cartões virtuais foi algo que fiz em outra postagem, mas não fui respondido:
Muito provavelmente, realmente. Mas tem uma galera que vai ficar bem chateada quando atingir o limite de dez cartões (pois eles não avisam do limite antes de atingi-lo). A experiência dessas pessoas não deveria ser levada em consideração?