Pix Negócio Fechado com AR

Frequentemente temos visto nos noticiários, redes sociais e até aqui na comunidade mesmo falar sobre golpes online dos mais variados tipos. Por isso o Banco Central tem lutado incansavelmente para combater esse tipo de crime, especialmente lançando ferramentas, funcionalidades e regulamentações variadas com o intuito de dirimir esse problema.

Contudo, um tipo específico de golpe virtual tem feito uso do próprio MED (Mecanismo Especial de Devolução), recurso de segurança implementado pelo Banco Central para proteger clientes de golpistas que se passam por vendedores honestos, presencialmente ou em ambiente web. E isso traz certa insegurança para os vendedores que realmente são honestos e fazem uso recorrente do Pix em seus negócios.

Pessoas de má índole, agindo de má fé, contestam compras legítimas com o objetivo de não apenas ficar com o produto adquirido, bem como ter seu dinheiro de volta. Pensando nisso, me veio à mente uma nova funcionalidade que pode ser adicionada ao Pix com vistas a proteger os bons vendedores, sobretudo os autônomos que diariamente são lesados e ficam de mãos atadas.

O recurso que sugiro pode ser denominado de Pix Negócio Fechado com AR, inspirado no serviço de Aviso de Recebimentos dos Correios. Consiste basicamente em um mecanismo onde a operação de transferência de capital só é realizada quando ambos os envolvidos fazem confirmação mediante senha.

Isto é, o vendedor confirma que recebeu o dinheiro e o comprador confirma que recebeu a mercadoria, serviço, imóvel, etc… As figuras abaixo ilustram bem a ideia:

Mensagem no smartphone do vendedor:

Mensagem no smartphone do comprador:

No exato momento em que ambos confirmam, o negócio é fechado, e o aviso de recebimento do dinheiro é enviado automaticamente do comprador para o vendedor e um aviso de recebimento do produto é enviado do vendedor para o comprador. Desse modo, ambos podem confirmar a operação sem precisar recorrer ao outro. Ou seja, as duas partes envolvidas na negociação terão os dois comprovantes de confirmação do negócio.

A principal vantagem dessa ferramenta seria o fato dela ser imune ao MED, ou seja, após a operação ser realizada, ela não poderá ser mais desfeita ou anulada simplesmente acionando o Mecanismo Especial de Devolução do Banco Central. Por conseguinte, traria muito mais segurança para vendedores ambulantes, donos de mercearias, bares e outros pequenos negócios.

Deixe sua opinião abaixo para que possamos enriquecer essa ideia.

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Mas nesse Sistema, quem confirma primeiro?
Vendedor
Se confirmar o recebimento e for um golpista, ele não enviará.
Se enviar, sem receber, poderá ser a vítima do golpe.

Sem um intermediador, como nos Marketplaces existentes, o método, não parece eficaz.

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Aí tem limitação… Uma vez confirmado via CPF e ele não cumpriu os requisitos mínimos é banido da função de vendedor e até mesmo de cliente.

Igual acontece na UBER. Tu sofre punições, perde até o direito de logar na plataforma para solicitar algum veículo.

Tudo tem jeito, basta impor aquele imposto maroto, naquilo que faz sentido. Como neste caso, tentativa de golpe, falsificação de identidade, deveria ser punido não só da plataforma por um tempo determinado como pagar uma bela multa. E em caso de reincidência, aplica mais caro

O próprio cartão de crédito com as bandeiras e o banco já aplica sanções pro usuário que descumpre as normas. Algo tão seguro e blindado que o banco já faz para essa galera aproveitadora.

Imagina se fosse aplicado para o cidadão comum que depende do corre no dia a dia?

Tipo assim, o setor bancário é o mais blindado para a segurança monetária, mas, quando se trata em meios de pagamentos que não são de redes privados, estaduais ou independente, eles não restringem com pena máxima… Digo, proibições e multa.

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Meu caro @Lucas.R, não ficou claro suas considerações acerca do sugerido pelo .@Edson_Bezerra.
De qualquer forma, vale lembrar que essa modalidade de golpe, em regra, abarca uma ou duas vítimas, em seguida é reformulado para novas vítimas.
Logo, restrições e/ou punições ao vendedor desonesto não teria efeito prático.

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Foi mais pensado pra compras presenciais, em pequenos estabelecimentos, ambulantes, feirantes, etc… onde o golpista compra, sai com o produto, depois contesta com o MED. No caso, a aprovação só valerá quando ambos confirmarem, o sistema fica em espera até que ambos tenham concluído.

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Nesse cenário, observe que o vendedor já está em desvantagem, pois entregou o produto ou serviço e dependeria do aval do comprador para receber.

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O vendedor pode reter o produto até que a transação se confirme, pois se trata de uma ferramenta mais voltada a proteção dele mesmo, como ele possui um ponto fixo dificilmente vai querer enrolar alguém.

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A sua sugestão é semelhante a função de “Código de entrega do iFood” ou ao que os principais marketplaces fazem que é reter o valor até que tenha a confirmação, né?! Além do que @LuizGSF comentou, não sei se uma instituição tem toda essa autonomia sob o Pix, visto que as proteções que conheço no momento do Pix são todas do Banco Central, por exemplo, MED ou bloqueio cautelar de transações do Pix.

Na prática vejo que as instituições são só intermediárias aonde temos nossos saldos/investimentos, mas suas regras do Pix e interações passam pelo o Banco Central, então precisaria ver a questão legal, já que a partir do momento que cada instituição determina suas regras próprias de seguranças do Pix começa virar uma bagunça, então essa sugestão teria que ser enviada para o BACEN avaliar, acredito eu.

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Fala-se em reter o produto, mas isso leva questões de segundos ou menos, clicar em um botão e digitar uma senha não leva tanto tempo assim. As perguntas em si seriam apenas uma etapa a mais no processo de compra para trazer mais segurança ao vendedor, principalmente.

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“Só falta combinar com os Russos” (Frase supostamente dita pelo saudoso Garrincha)

A ideia é interessante, mas na prática, ainda que a premissa seja a segurança nas operações cotidianas, será mais uma (ou mais) etapa que ambas as partes dificilmente irá aderir.

Tome como exemplo a prática, infelizmente muito comum, do cliente sequer verificar o visor de uma maquininha de pagamento e outros, nem o comprovante exige…

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