PIX PARA LEIGOS - ENTENDA DE UMA VEZ POR TODAS
Neste vídeo é explicado de maneira fácil o que é o PIX e quais as mudanças significativas que teremos no nosso dia-a-dia. Sem enrolação, sem “tecniquês” e direto ao ponto.
Conheça quais as principais novidades do PIX e como elas irão impactar no sistema financeiro brasileiro.
1 – Transações 24 horas por dia nos sete dias da semana
Atualmente, para que uma transferência financeira seja efetivada no mesmo instante é necessário que as duas contas envolvidas sejam do mesmo banco. Além disso, há limite de horário e dia da semana para realizar essas transações. No caso do TED, para que o valor caia no mesmo dia é preciso fazer a operação até às 17h. Em relação ao DOC, além do período de um dia útil, é preciso fazer a transferência até às 22h. Ambos só são efetuados de segunda a sexta-feira.
Quando o PIX estiver estabelecido, qualquer pessoa poderá transferir para um PJ ou PF em qualquer horário do dia. Além disso, a transação será completada em segundos, sendo a conta dos dois envolvidos do mesmo banco ou não. Além de transferências para amigos, o PIX permitirá o pagamento de contas, impostos, recebimento de salário e muito mais.
2 – Cadastramento de informações
No modelo atual de transferência bancária é preciso saber pelo menos quatro informações da pessoa ou empresa que receberá o dinheiro: CPF ou CNPJ; número da conta; número da agência e instituição financeira.
A partir de novembro, os valores poderão ser movimentados com apenas uma informação, que ficará à escolha do usuário do serviço. A identificação para o envio do dinheiro poderá ser feita através do CPF, CNPJ, número de celular ou e-mail. Apenas um desses três dados será exigido para que a movimentação financeira seja realizada.
3 – Saque descentralizado
O presidente do BC, Roberto Campos Neto, anunciou que entre as possibilidades do PIX estará o saque em redes varejistas. Ou seja, as pessoas físicas poderão sacar dinheiro na padaria, farmácia, lojas e mais. O saque deixará de ser um serviço exclusivo de agências bancárias ou caixas eletrônicos.
A ideia, segundo Roberto Campos, é estimular a competição, aumentar as opções dos clientes e dar mais eficiência para a reutilização do dinheiro no próprio setor varejista.
4 – Taxas mais baratas
O Banco Central definiu que será cobrado das instituições financeiras que utilizarem o PIX apenas R$ 0,01 a cada 10 transações. Ou seja, a cada pacote de 10 transferências o Banco Central cobrará R$ 0,01 do banco ou fintech. Apesar desse valor bem baixo, ele não significará necessariamente que o cliente pagará a mesma quantia. Todos os agentes que oferecerão o PIX poderão instituir um valor para cada transação do cliente.
Contudo, a tendência é que a operação fique realmente muito mais barata para o consumidor do que atualmente. Os TED’s e DOC’s, operações mais comuns de transferência bancária, custam entre R$ 9 e R$ 20 nos principais bancos do país. Uma das possibilidades debatida é que as instituições financeiras deixem gratuito um certo limite de transferências mensais e cobrem pelo excedente.
5 – Transações com vários agentes e até mesmo com o Governo
Além de uma opção para pagamento tradicional de contas, o PIX servirá para transferências de valores entre conhecidos, de empresas para empresas e até mesmo para transações com o Governo.
6 – Centenas de opções de instituições
Uma das etapas do PIX foi o processo de adesão para participação do sistema. Iniciado em junho de 2020, no início do mês de agosto o BC já contabilizava mais de 900 instituições cadastradas. Entre essas instituições estão bancos, fintechs, empresas de carteira digital, corretoras de câmbio, sociedades de crédito, bancos de desenvolvimento e cooperativas.
7 – Fim do cartão de crédito e boleto bancário?
Os pagamentos realizados pelo PIX poderão ser agendados para uma data futura. O banco ou instituição que ofereça o PIX precisará, porém, desenvolver soluções de agendamento, o que possibilitará a transação.
Por causa dessa opção de pagamento futuro, existe a possibilidade de que o PIX concorra com cartões de crédito. A empresa responsável pelo fornecimento de segurança para o sistema do PIX já pontuou que a solução poderá até mesmo substituir o cartão a médio e longo prazo.
Outra opção de pagamento atual que correrá risco é o boleto bancário. Com compensações que demoram até dois dias, a opção poderá deixar de ser usada, já que os pagamentos pelo PIX são completados em segundos.
8 – Segurança
Além da criptografia, as informações pessoais que circularão no PIX estarão protegidas pelo sigilo bancário e pela Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). Essas medidas de segurança, junto com formas de autenticação, já são adotadas nos TED’s e DOC’s e serão utilizadas pelas instituições financeiras também no PIX."
Texto do Pabllo Lopes do Tecnolera
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