Regra 50-15-35: ela pode ajudar a juntar dinheiro?
Ela é um jeito simples de organizar as finanças - mas esse modelo de orçamento não é ideal para todos. Entenda se ele funciona para você.
“Organize as finanças com a regra 50-15-35”; “Conhece a regra 50-15-35?”; “Administre seu dinheiro com a regra 50-15-35”. Essas são apenas algumas das chamadas comuns encontradas sempre que alguém busca na internet por formas de juntar dinheiro e ter uma organização financeira melhor. Mas, afinal… O que é a tal regra?
A regra dos 50-15-35 consiste, basicamente, em uma divisão da renda mensal em três categorias diferentes: gastos essenciais, prioridades financeiras e estilo de vida.
Cada “número” da regra indica a porcentagem da renda que deve ser destinada para cada uma das categorias: 50% para gastos essenciais, 15% para prioridades financeiras e 35% para estilo de vida.
Trata-se de um método simples para organizar o orçamento – mas que só funciona seguido à risca se você não tiver grandes pendências financeiras.
Abaixo, entenda melhor como funciona a regra e veja se ela pode ser boa para o seu caso.
50% para seus gastos essenciais
Os gastos essenciais são, basicamente as despesas fixas que as pessoas têm todo o mês: aluguel, contas de água e luz, plano de saúde, transporte público, gasolina para o carro e mensalidades de escola são algumas delas.
Seguindo a regra 50-15-35, os gastos essenciais podem ser até 50% do seu orçamento. Sendo menores do que isso, você consegue remanejar o que resta entre suas prioridades financeiras e gastos com estilo de vida.
Mas por que até 50%?
Se suas despesas básicas consumirem mais da metade de sua renda, pode ser um sinal de que é necessário rever seu padrão de vida. Afinal, as demais “categorias” não podem ser deixadas de lado.
15% para suas prioridades financeiras
As prioridades financeiras podem ser duas: quitar as dívidas ou apenas economizar, caso você não tenha nenhuma pendência financeira.
Se o seu caso é o segundo, você pode poupar para uma viagem ou para fazer uma compra de valor mais alto, como para criar uma reserva de emergência ou planejar seu futuro – como investir em um plano de previdência privada, por exemplo.
Nesse caso, uma boa estratégia pode ser aumentar essa porcentagem para não deixar de criar uma reserva financeira ou investir.
Essa pode parecer uma categoria “dispensável”, mas é exatamente o contrário: ela é de extrema importância, pois é com ela que conseguirá guardar dinheiro.
35% para estilo de vida
Os 35% restantes de sua renda mensal são, segundo essa regra, voltados para gastos relacionados a seu estilo de vida. Isso inclui, por exemplo, gastos com restaurantes, baladas, academia, compras e quaisquer outros hobbies que você tenha.
Vale ressaltar: o ideal é que essas despesas com estilo de vida venham depois de quitar as dívidas e lidar com suas prioridades financeiras do mês – ou seja: quando as duas primeiras categorias já tiverem sido “resolvidas”. Por isso eles são os gastos mais fáceis de serem cortados quando necessário.
Exemplo da regra 50-15-35
Supondo que seu salário seja de R$ 2 mil. Seguindo a regra, você deverá organizar seu orçamento da seguinte maneira:
- Destinar R$ 1 mil (equivalente a 50%) para pagar suas contas essenciais, como aluguel, contas de água e luz, plano de saúde, etc. Basicamente, as despesas fixas que você têm todo o mês. É importante que elas não ultrapassem 50% do seu salário;
- Destinar R$ 300 (equivalente a 15%) para suas prioridades financeiras; são prioridades financeiras, por exemplo: suas dívidas, caso esteja endividado; e sua reserva de emergência ou investimentos, se não tiver nenhuma dívida para quitar;
- Destinar R$ 700 (equivalente a 35%) para os gastos relacionados a seu estilo de vida – restaurantes, bares, cinema, compras, etc.
Por que esse método pode me ajudar?
São 3 os objetivos da regra dos 50-15-35:
- garantir que você vai reservar parte da sua renda,
- permitir que você veja com clareza para onde vai o seu dinheiro e
- priorizar suas despesas.
Em resumo, ele serve para ter controle financeiro e um orçamento bem planejado.
Vale a pena pra todo mundo?
O primeiro passo para começar a seguir a regra dos 50-15-35 é analisar seu orçamento – afinal, nem sempre será possível aplicá-la de imediato.
Por exemplo: se você tem muitas dívidas, destinar somente 15% de seu orçamento para pagá-las não vale a pena; é mais vantajoso buscar outras formas de planejamento que te ajudam a primeiro quitar o que deve, para só depois aplicar essa regra.
Veja aqui como começar a quitar as suas dívidas.