Walmir,
Suas considerações estão corretas. Não faz sentido sair de títulos públicos para um RDB sem aumento de remuneração. Todo investimento deve ser avaliado pelos 3 fatores (1) rentabilidade, (2) risco e (3) liquidez.
Entre 2 investimentos, caso ambos possuam exatamente a mesma liquidez e exatamente a mesma rentabilidade, então aquele de menor risco será sempre o melhor, e o de maior risco deixa de fazer sentido (= se torna uma escolha necessariamente ERRADA para um agente econômico racional).
(Vou propor uma analogia bem simples: imaginem uma loja com o anúncio de um produto X que custe 100 reais, e que tenha a garantia de 12 meses. Na mesma loja, há um outro anúncio do mesmo produto X, custando os mesmos 100 reais, mas com garantia de 13 meses. Apenas o período de garantia muda, TODAS as demais condições são idênticas. Então, naturalmente, um comprador racional irá adquirir o produto com garantia de 13 meses, não o de 12. A menos que ele queira praticar uma bondade com a loja, sem qualquer contrapartida… rs)
De outra perspectiva, se compararmos 2 investimentos de mesma liquidez, o de maior risco deverá necessariamente ter maior rentabilidade. Caso negativo, o investimento de menor risco será sempre o melhor, e o de maior risco não faz sentido.
É exatamente o que ocorre entre as duas opções de investimento da Nuconta. No RDB (assim como em CDB, Poupança, LCI, LCA, LF, LC), a instituição financeira tem uma dívida com o investidor, e há o risco de que ela não seja paga (por exemplo, por falência). Justamente por esse risco existe o FGC. Já com títulos públicos, o devedor é o Tesouro Nacional, que representa o risco soberano (risco de o governo não honrar um empréstimo ou outros compromissos), que é sempre o menor risco no país. Sobre ser o menor risco no país, lembrem-se de que, caso o país quebre, os bancos também quebram, então o RDB também não será pago.
Nesse sentido, não faz sentido mudar a aplicação da Nuconta para RDB nas condições atuais (mesma liquidez e mesma rentabilidade dos títulos públicos).