Brasileiro com desejo em crédito

Sinceramente, não entendo!

10 a cada 15 postagens são sobre crédito e aumento de limite, como e por que? Não consigo ver nem entender a necessidade/desejo em ter crédito na conta… (Por favor, se você é deste grupo não se sinta ofendido, só me explique, eu realmente não entendo).

Ora, o crédito não te oferta nada muito além do que, juntar um pouco e comprar à vista pode lhe oferecer, então qual o desejo de ter crédito e limites altos na conta? Fora que, para ter crédito alto e se manter financeiramente saudável, você precisa ter renda superior ao crédito, incluindo dívidas, ou seja, o montante de suas dívidas deve ser menor do que o seu rendimento líquido mensal, se não, você acaba virando só mais um na estatística de brasileiros endividados.

Não é melhor pagar as coisas à vista? :face_with_raised_eyebrow:

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Tivemos um debate recentemente na Comunidade sobre isso nesse tópico:

O crédito tem suas vantagens, como concentrar todos os vencimentos numa data só, não precisar do dinheiro físico, poder contestar a compra em caso de fraude, ganhar pontos em programas de fidelidade (que podem ser trocados por milhas aéreas, produtos ou mesmo dinheiro).

O problema é que a concessão exacerbada de crédito aliada a falta de organização financeira do usuário é a receita para o desastre.

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Interessante, não tinha visto o debate recente, obrigado por compartilhar… Como sou novo na comu não tinha vista a postagem, fico me perguntando sobre o crédito, também, por atuar um pouco na área de consultoria financeira e geralmente quando faço um plano de ação para alguém endividado, o primeiro desafio é arrancar da cabeça a ideia de que crédito é igual à dinheiro extra.

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Sim! As pessoas precisam entender, de uma vez por todas, que o dinheiro usado para crédito e financiamento não é delas, é do banco.

Trabalhei dois anos na Defensoria Pública e era um sofrimento quando chegavam casos de automóveis apreendidos por inadimplência no financiamento. As pessoas ficavam indignadas dizendo que i banco tinha roubado o seu automóvel e me doía ter que dizer: “O carro/moto não era seu, era do banco, eles apenas estavam te deixando usar enquanto você pagava”.

A falta que a educação financeira faz nesse país :woman_facepalming:t2:

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O brasileiro gosta de parcelar, não tem jeito.

Aí quanto mais limite, mais compras. E quanto mais compras, mais status (e dívidas).

Infelizmente uma boa parcela da população pensa assim. :slightly_frowning_face:

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Esses debates sobre de limite, dá pano pras mangas…

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A resposta é simples: Ostentação e o fato de ser uma novidade.

O crédito é algo novo a ser utilizado pelo brasileiro de classe média e baixa renda. Chegou recentemente, acredito que esse desejo aumentou desde que o Nubank foi criado.

Então, na roda de amigos e conversas aleatórias, se tornou bonito dizer: Tenho tanto de limite de crédito.

Ps: Nem todos são assim, óbvio.

Mas eu vejo a grande maioria esmagadora desejando limites apenas porque o amiguinho tem. Sendo que não faz diferença, tanto faz pagar no débito. Sendo que para as classes que eu informei, até o débito ainda é novidade.

Como toda novidade, vai demorar um pouco para as pessoas passarem por esse estado de euforia.

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Esse tema do limite alto é complexo. Ter um limite de crédito “alto” mexe, claro, com o ego das pessoas, mas é uma faca de dois gumes. Desde que usado com responsabilidade e dentro de um planejamento financeiro condizente com a renda, é maravilhoso. Agora, só pela ostentação, é um pulo para o nome sujo. Outro aspecto interessante é que essa busca por limites de crédito, ensinou muito nossa população, que há poucos anos era majoritariamente leiga na área financeira, a ter boas práticas em relação ao próprio dinheiro, como monitorar e entender score, zelar por um nome limpo e essas coisas.

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Oioi, então, depois do meu post (que até compartilharam por aqui), eu também tenho outra tese.

Algumas pessoas se sentem com o ego abalado quando uma instituição financeira não fornece um limite esperado conforme a situação financeira naquele momento do indivíduo. Porém, é bom salientar que esse “micro-empréstimo” que é ofertado envolve, acima de tudo, uma relação recíproca entre o correntista e o banco (ou instituição como o caso do Nubank, eu acho, não sei se já viraram um banco). E por vezes essa relação pode não ser benéfica para o banco, seja por receio (o famoso Score que estamos acostumados a ouvir) ou qualquer outro motivo.

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Faz bastante sentido sim! Encaixa bem com a ideia de ostentação e consumo exacerbado já falado acima… Só fico curioso como alguém se deixa levar por essas coisas, aparência e status social vindo acima da própria saúde financeira… Sei lá!

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Um gancho no comentario de @Vittoria_Cunha. Tava lendo essa materia na Revista Proteste e vi o quanto é sabio cada um de nois se preocuparmos com esses detalhes abaixo:

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