ETF's de FII's com pagamento de proventos mensais

O Nu inovou ao lançar junto com a B3 o primeiro ETF brasileiro com pagamento de dividendos de ações. O que falta? Bom… Vou começar a história pela necessidade, e encerrarei dando a sugestão em palavras curtas e diretas.

Um dos desejos do investidor comum, guiados pela expansão da metodologia de investimento em geração de renda mensal é investir em ativos que distribuam lucro com frequência, no caso de FII’s, mensalmente.

O problema? Ao contrário de ações, onde empresas podem possuir diversas fontes de renda, fundos imobiliários dependem exclusivamente do aluguel de imóveis ou pagamento de dívidas, gerando uma necessidade ainda maior de diversificação para evitar grandes problemas na carteira. Ao mesmo tempo em que diversificar ajuda a conter o risco, polui a carteira e impossibilita o acompanhamento de quem ainda trabalha em outro ramo e está em fase de construção de patrimônio, dificultando até mesmo no momento da declaração do imposto de renda e nas votações que podem decidir o futuro do fundo.

Perceberam que a solução para o problema do risco gera outro problema ao investidor comum? Então, se diversificar entre diversos fundos não é algo agradável de se fazer, porém necessário, qual seria a solução final para esse problema?

Eu digo! A criação de 2 ETF’s de FII com pagamento de proventos mensais.

ETF 1 - Fundos de tijolo, com participação máxima de 5% em cada ativo.

ETF 2 - Fundos de papel, com participação máxima de 5% em cada ativo.

Qual seria o filtro? Histórico mínimo de 2 anos de mercado, pagando mensalmente dividendos equivalentes a média do mercado, que possuam mais de 3 ativos e que preferencialmente estejam descontados, buscando uma possível valorização da cota ao mesmo tempo que foca em renda.

O tipo de gestão? Ativa, visto que oportunidades podem surgir e fundos bons podem entrar em rota de declínio, nisso, o papel do gestor seria de buscar manter o patrimônio atual enquanto busca formas de lucrar.

Meu preferido? A opção de tijolo, visto que são imóveis reais, algo palpável.

Geralmente o objetivo de ETF é gestão passiva, seguir o índice

Se quiser de gestão ativa, você tem o Kisu11, mas não é exatamente que queria, por ter de papel dentro.

3 curtidas

É só investir num fundo de fundos… tem vários no mercado

HFOF11 por exemplo

1 curtida

Juntou o pior com o pior do mercado. FII, FOF e ETF. Lembrando que FIIs no momento são isentos, mas o rendimento de um ETF não é, então além do pior do mercado, seria o pior anulando o melhor dos FIIs.

Existem tão poucos FIIs bons e com histórico longo (acima de 5 anos) que é perfeitamente possível ter todos em carteira, não faz sentido um ETF que é uma ferramenta ideal para um índice amplo como SP500, por exemplo. Fora que como o ETF precisa rebalancear a carteira, vai ficar vendendo e realizando mais imposto.

O que os outros amigos comentaram é real, uma ETF de FII não é um bom produto por não ser isento de IR, o ideal é uma Fundo de Fundos, para que os proventos sejam isentos. Também gosto muito do KISU11, por funcionar de forma muito parecida com uma ETF de gestão passiva. Seria legal se o Nu criasse um FOF com essas sugestões de alocação que você sugeriu.

3 curtidas

Boa parte desses ativos são de papel. Não temos Fundos de Fundos focados em tijolo.

Uma boa alternativa. O comentário anterior abordou o tema de fundo de fundos, mas boa parte dos ativos são de papel, não há ou ainda não encontrei algo focado em tijolo.

Agora eu não lembro, porque honestamente quando comecei a entender um pouco melhor o funcionamento da indústria (mercado) passei a ignorar essas classes de investimentos, então não me atualizei sobre elas, mas “acho” que tem alguns FOFs com maior concentração de tijolo, pelo menos de perfil mais híbrido.

Agora sobre a sugestão do post principal: o que me ocorreu depois e aí sim eu conseguiria enxergar utilidade e talvez até geração de valor seria um ETF de Reits, que são empresas imobiliárias ao estilo dos FIIs no mercado americano, em número muito maior e com opções de melhor qualidade (por exemplo, Miami valorizou muito na última década, você não consegue investir em FII lá e para Reit precisa de conta em corretora americana ou internacional),

Então, concluindo, consigo ver utilidade e valor em um ETF de Reits, em uma analogia com o IVVB11 que é um ETF do SP500 (na minha opinião o melhor e mais líquido, e bom porque não distribui dividendos, reaplicando os rendimentos diretamente no fundo, embora aqui haja uma pegadinha que é o imposto americano de 30% descontado na fonte).

Ainda teria a vantagem da valorização cambial, já que não recordo época em um histórico de 100 anos que uma moeda brasileiro bateu o dólar.