Lucro x Valorização: Importante saber a diferença

Olá, NuCommunity! :waving_hand:

Já vi diversas vezes as pessoas aqui na Comunidade comentando que estão lucrando quando têm na sua carteira um ativo que está subindo de preço. :warning: Muito cuidado! :warning: Este pensamento pode levar a conclusões e ações preciptadas!

Pra quem só costuma investir em Renda Fixa, pode não fazer muita diferença, mas pra quem está na Renda Variável, sejam ativos da bolsa, fundos ou criptos, saber a diferença entre Lucro e Valorização é fundamental para tomar decisões conscientes e evitar surpresas desagradáveis.

Valorização: Um lucro potencial, não real

Quando um ativo que você comprou por R$ 10,00 passa a ser negociado a R$ 15,00, houve uma valorização de 50%. Essa diferença positiva entre o preço de compra e o preço de mercado é chamada de valorização. Porém, é importante perceber: essa valorização só representa um lucro potencial. Ou seja, é um ganho que existirá apenas “no papel” enquanto o ativo permanecer em sua carteira.

Transformando lucro potencial em lucro real

O conceito de lucro, neste contexto de investimentos, se refere ao ganho efetivamente realizado, ou seja, ao dinheiro que de fato entrou no seu bolso. Isso só acontece quando você vende o ativo por um valor superior ao que pagou. É justamente a venda do ativo que vai transformar aquele ganho potencial da valorização em ganho real (lucro), que pode ser utilizado, reinvestido ou sacado.

Aliás, você já ouviu a expressão “realização de lucro”? :thinking: Pois é justamente o nome deste processo. E o nome diz tudo! “Realizar”, neste caso, vem no sentido de tornar real.


Em resumo: só existe lucro de verdade quando há a venda do ativo a um preço maior do que o de compra. Até lá, o que há é apenas uma possibilidade, sujeita às constantes oscilações do mercado.

A importância de saber distinguir

Muitos investidores acabam se iludindo quando da valorização de um ativo, achando que já estão “ganhando dinheiro”. Mas é preciso lembrar: o mesmo mercado que valoriza um ativo hoje pode desvalorizá-lo amanhã, e aquele “lucro” visto na tela pode desaparecer tão rapidamente quanto apareceu. Por isso, saber diferenciar valorização e lucro é essencial para não cair em armadilhas emocionais e tomar decisões precipitadas.

  • Valorização = lucro potencial, enquanto o ativo está na carteira.
  • Lucro = ganho realizado após a venda do ativo, também chamado de realização de lucro.

Conclusão

Se você investe em renda variável, esteja sempre atento(a) à diferença entre valorização e lucro. Só depois da realização de lucro é que o ganho se concretiza. Até lá, é muito importante manter a cautela e avaliar cuidadosamente quando e como vender seus ativos.

Mas me diga aí: você já confundiu valorização com lucro? Como toma suas decisões de realização de lucro? Compartilhe suas experiências!

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Muito bom, @FernandoLacerda. Importante estar ciente. E mesmo sabendo disso, eu sempre fico frustrado quando um ativo da minha carteira desvaloriza.

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Bem notado, @Dieguito. Eu acabei focando no “positivo” (Valorização x Lucro) no tópico, mas o mesmo vale para o “negativo” (Desvalorização x Prejuízo).

Acho que a gente se empolgar na valorização e se frustrar no prejuízo são reações normais. O perigo é a gente se deixar dominar por essas emoções e acabar tomando decisões erradas. Aí entra a consciência clara da distinção entra valorização/desvalorização e lucro/prejuízo, ajudando a gente a não se deixar levar pela empolgação/frustração.

A desvalorização, a meu ver, precisa de uma cautela e uma consciência ainda maior. Saber realizar o prejuízo para evitar tomar um prejuízo ainda maior mais à frente é praticamente uma arte! :wink:

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Muito bom o tópico @FernandoLacerda , parabéns!

Eu já tinha uma noção sobre valorização (lucro potencial) e lucro realizado, mas está tão detalhado no tópico, que agora não resta nenhuma dúvida.

Eu também fico muito frustrado. No período da pandemia do Covid-19, muitos dos meus ativos ficaram desvalorizados, foi um período dificil, mas mantive a calma e no final deu tudo certo.

Tenho um ativo nessa situação. Estou estudando, avaliando… mas é bem dificil tomar uma decisão…

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Esse período foi realmente complicado, não só no mundo dos investimentos, mas em múltiplos aspectos, né? Sempre que penso que já passou bate um alívio… :relieved_face:

Eu também tenho muita dificuldade. Uma coisa que tem me ajudado a tomar as decisões sobre o ativo desvalorizado na carteira é tentar responder a pergunta: “Se eu tivesse dinheiro para investir hoje, eu colocaria nesse ativo?”.
Na maioria das vezes, continua sendo difícil obter uma resposta clara e objetiva, mas se a gente conseguir responder à pergunta:

  • se for negativa :cross_mark: , é hora de pensar em desembarcar do ativo;
  • se for positiva :white_check_mark: , a desvalorização pode ser uma oportunidade pra aumentar a quantidade na carteira

Que tal essa dica?

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@Manoel_Enio criei um “gatilho emocional”, onde, eu avalio o ativo por mês. Pois, geralmente tô no trabalho e aquela bisbilhotada em relação a valorização ou desvalorização do ativo, me baseio no valorização anual/12.

Não é uma decisão de venda direta, apenas que o ativo entrou no meu radar para desfaze-lô. Tipo, vai pra minha lista de ativos para analisar.

Detalhe: Me refiro a Renda Variavel e fixa.


Nas criptos, como varia de cripto pra cripto, setor por setor, local por local (empresa da cripto), utilizo mais é a “comparação” de % anual/mês, mas com foco no longo prazo…

E ainda sim é uma bisbilhotada, não que será a intenção de venda. Pois, analiso se vou conseguir ficar no vermelho por muito tempo, segurando o preço, por potencial de recuperação que ela pode ter.

A exemplo: Ethereum.

O motivo da baixa da Ethereum foi justamente devido a motivação de mercado… Resumindo, a ETHEREUM corrigiu o protocolo pra tornar mais eficiente e em 2 meses recuperou. Mas, os 8 meses no vermelho é o sacrifício de segurar e iria pra mais 1 ano tranquilo, fazendo preço médio.

Por fim, no mercado o risco existe até mesmo na valorização x lucro dos ativos

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Bem legal o texto. Além de lucro e valorização, também tem a questão da rentabilidade nos investimentos de renda variável.

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Gostei da dica Fernando, muito obrigado! A principio minha resposta seria negativa… a questão é decidir rsrs

Muito obrigado pela dica Lucas. Lidar com renda variável é desafiador mesmo viu, pois temos que avaliar os fundamentos etc… coisa que não tenho paciência rsrs mas essa dica da linha anual é interessante.

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Ricas informações @FernandoLacerda! Realmente temos que saber diferenciar para evitar frustrações e passar desinformação.

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Nem me fale, lembrei de um fato que me aconteceu. Dias antes da pandemia comprei um lote de ações do Itaú e dias depois estoura a pandemia, resultado? A ação derreteu e eu me vi num prejuízo de quase 5K, sem contar com outros pequenos prejuízos em outros papéis. Como já tinha uma certa “amizade” com a bolsa, fiquei apreensivo mas nem tanto o quanto ficaria se fosse na época em que comecei a investir. Pra concluir, com o passar do tempo comecei ver a retomada da ação, para minha felicidade haha. Nessas horas temos literalmente que ter sangue frio, cautela, se eu tivesse me afobado, me desesperado, teria vendido tudo e ficado com um prejuízo grande.

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Pense num troço complicado, viu? Aportes múltiplos, cada um a um preço diferente, em datas diferentes, eventos corporativos (pagamento de proventos, bonificações, desdobramentos, agrupamentos, amortizações), eventuais vendas também… Tem abordagens diversas, tem gente que gosta de acompanhar todo o histórico de evolução, as subidas e as quedas, etc., mas eu aqui acho mais útil fazer uma estimativa da TIR (Taxa Interna de Retorno). Tenho uma planilha onde mantenho atualizadas todas as minhas operações e eventos corporativos e calculo a TIR por ativo e para a carteira toda (TIR potencial, aproveitando o contexto do tópico, pois considero valorização/desvalorização dos ativos na carteira). Deu uma trabalheira danada pra montar, por outro lado não dependo de algum aplicativo me oferecer as funcionalidades e acho que valeu a pena… enfim, acho que a TIR me dá uma boa noção de como andam os meus investimentos em Renda Variável. Faço isso tanto pra bolsa como pra criptos.

Fracassei miseravelmente em ajudar um colega da Comunidade a montar a própria planilha :eyes:, não consegui contornar as diferenças nas ferramentas usadas, mas vida que segue, pra alguma coisa acho que serviu :grimacing:

Só imagino o perrengue, meu amigo. Que bom que já tinha acumulado experiência e conseguiu tomar boas decisões. Às vezes precisa ter muito sangue frio mesmo, viu? Eu sigo aprendendo…

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Eu já desisti da minha faz tempo…
Aproveito o da grana capital que tem as informações, e ainda dá pra perguntar pra IA.

@Manoel_Enio é uma boa pro senhor, lembrei agora [Esqueci dessa!, pagando trem sem usar]. Pra renda variável com a IA ela analisa a sua carteira e você escolhe os indicadores que queira analisar. Bom, talvez como uma alternativa, não que seja a mais recomendada em relação a IA. Já a contabilidade pra declaração e darf, sucesso. Só CTRL C + CTRL V com arquivo pré-preenchido.

Uma coisa tão simples que API poderia alimentar esse universo tradicional, a galera não libera gratuitamente. Ainda tenho um sonho de conectar cripto, renda variavel… na minha planilha com atualização em tempo real. Nada de ficar alimentando informações (exceto e se necessário).

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Muito bom Lucas; Qualquer dias desses vou ver se consigo fazer algum tipo de uso de IA para essas análises… já uso (muito pouco) para outros fins.

Mas uma ideia interessante.

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Na valorização:

A taxa real de um ativo é a rentabilidade que ele proporciona após descontar a inflação, ou seja, o quanto você realmente ganha em poder de compra.

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Ótimo artigo, claro, acessível, sem os tecnicismos que atravancam a leitura para a maior parte das pessoas.

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