Museus: lugares onde a nossa história ganha vida

Museus são como máquinas do tempo. Neles, a gente mergulha em outras épocas, conhece objetos, cartas, roupas e lembranças que ajudam a entender como o mundo era – e como chegamos até aqui. Cada sala, cada peça exposta, conta um pedacinho do que fomos, do que vivemos e do que ainda estamos construindo.

No dia 21 de abril, o Brasil homenageia um nome marcante da nossa história: Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes. Ele acreditava em um país livre, mais justo, e teve coragem de enfrentar as injustiças impostas por Portugal. Pagou com a vida por isso. Foi preso, condenado e executado. Mas sua coragem atravessou os séculos – e fez dele um símbolo da liberdade.

Um relógio. Um instrumento. Um retrato.
À primeira vista, são apenas objetos. Mas dentro do Museu da Inconfidência, cada detalhe carrega ecos de coragem, dor e esperança. Este retrato de Tiradentes — mais do que um retrato: um grito silencioso por liberdade — nos lembra que a liberdade que temos hoje foi conquistada com luta.

O castigo foi cruel: seu corpo foi esquartejado e espalhado em diferentes pontos entre Minas Gerais e o Rio de Janeiro, como forma de intimidar quem pensasse em seguir o mesmo caminho. Mas o que aconteceu foi o contrário. Em vez de medo, nasceu admiração. Tiradentes virou herói.


Essa estrutura de madeira é o que restou da forca usada na execução de Tiradentes. Dura, silenciosa, mas cheia de significados. Ela foi construída para calar um homem… mas acabou fazendo dele um símbolo eterno de liberdade.

Ouro Preto e o Museu da Inconfidência: onde a memória resiste

No coração de Minas, Ouro Preto guarda mais do que paisagens bonitas e ruas de pedra. Ela guarda história viva. Um dos lugares mais especiais da cidade é o Museu da Inconfidência. O prédio imponente já foi prisão. Hoje, abriga memórias da luta pela liberdade.

Já estive lá algumas vezes – e sempre saio com a cabeça cheia de reflexões. É impossível passar por aquelas salas e não sentir o peso da coragem dos inconfidentes. São mais de 150 mil visitantes por ano, entre estudantes, professores, curiosos e viajantes. Gente que, assim como eu (e talvez você), quer entender melhor o Brasil.

Ali, é possível ver desde cartas e armas até os restos mortais de quem, como Tiradentes, acreditou em um país diferente. É uma experiência que toca, emociona, faz pensar.

Ouro Preto é, por si só, um museu a céu aberto. Suas igrejas barrocas, suas ladeiras, suas casas coloniais – tudo conta história. É Patrimônio Mundial da Humanidade, reconhecida pela UNESCO, e faz parte da Estrada Real , antiga rota do ouro que hoje virou destino turístico para quem quer viajar no tempo.

E o que tudo isso tem a ver com a gente, hoje?

Já parou pra pensar como seria viver sem liberdade? Sem poder dizer o que pensa, escolher seu caminho, suas ideias? Tiradentes lutou por isso. Conhecer essa história ajuda a valorizar o que temos e lembrar que ainda há muito a ser feito. Liberdade também é responsabilidade.

Dica do Nubank: viaje com propósito

Se você curte viagens que vão além das fotos bonitas, o app do Nubank tem uma aba cheia de sugestões bacanas. Ouro Preto está lá. E não é à toa. É um destino que mexe com a gente.

No Museu da Inconfidência, você aprende, se emociona e se inspira. A liberdade que temos hoje custou caro. Foi conquistada com luta, esperança e união.

Que tal fazer algo diferente neste feriado? Pode ser algo simples: ver uma foto do museu, procurar mais sobre Tiradentes ou puxar uma conversa com alguém da família. Às vezes, uma pequena curiosidade pode despertar grandes descobertas.

Agora me conta: você já visitou algum museu que te marcou de verdade? Ou tem vontade de conhecer Ouro Preto um dia? Compartilha aqui nos comentários uma experiência ou um lugar que te fez enxergar a história com outros olhos!

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Algumas curiosidades sobre Tiradentes

Nasceu em Ritápolis (MG)

Tiradentes nasceu na cidade mineira de Ritápolis, em 1746. Segundo o Censo 2022, a população do município foi estimada em 4.994 habitantes.

Jesus Cristo

A primeira ilustração de Tiradentes é de 1890. Feita por Décio Villares, ela retrata o mártir com barbas e bigodes. A imagem faz uma alusão à figura de Jesus Cristo.

Sem barba e bigodes

Apesar de ser retratado com cabelos e barba longas na maioria das vezes, Tiradentes nunca usou barba e cabelos longos. Quando foi enforcado, em 1792, estava de cabelo raspado e barba feita.

Dentista

Apesar de não ter estudo adequado, Joaquim exerceu a profissão de dentista. O ofício lhe rendeu o apelido de “Tiradentes”.

Mineiro no Rio

Apesar de ser mineiro, foi no Rio de Janeiro que Tiradentes entrou em contato com as ideias revolucionárias iluministas e também se dedicou a melhorias urbanas na cidade, idealizando o abastecimento regular para a população, a construção de moinhos e serviços de barcas de transporte de passageiros. Ele foi enf0rc4do no Rio de Janeiro, na atual Praça Tiradentes.

Sua fama como dentista

Como dentista, Tiradentes não gostava muito de arrancar os dentes de seus pacientes. Preferia preservá-los. Mas, quando era necessário, o fazia. Também fazia coroas em marfim e osso de boi para preservar os dentes possíveis.

Outros trabalhos

Além de ter trabalhado como dentista, Tiradentes foi tropeiro, minerador e até engenheiro. Entrou para a 6ª companhia de Dragões de Minas Gerais, como alferes, uma espécie de segundo-tenente.

Carrasco

O escravizado Jerônimo Capitânia tornou-se carrasco oficial quando trocou sua pena de m0rt3 por uma pena de prisão perpétua, ao ter sido encarregado de m4t4r Tiradentes.

Fonte: CNN BRASIL

Fonte: Educação UOL

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A primeira vez é marcante.

Um dos museus que me marcou foi o Museu de Cora Coralina - Goiás Velho, GO.

Além de toda diversão e excursão com os colegas de aula, os meus 10 anos ficaram marcados. Em Goiás velho, não foi só este museu que me mostrou a beleza humana e a sua história, teve vários por lá. Mas, o primeiro é o que marca.

Sem contar que recebi um Mimo na época, conhecido pelas crianças de lembrancinha.

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A imagem de Tiradentes que conhecemos, barba longa e aparência serena, é uma construção simbólica feita anos após sua morte, especialmente durante a República.

Nos registros da época, ele não usava barba nem bigode. Ainda assim, foi retratado como um mártir, quase como uma alusão a Jesus Cristo. Um exemplo claro de como a história pode ser moldada conforme os interesses do momento.

História a qual ainda é cercada por mistérios.

Sim, o primeiro sempre marcar e o Museu da Inconfidência foi o primeiro que visitei, ainda na época da escola.

Já visitei diversos museus pelo Brasil, mas um, além dos que já citei, o que me marcou foi o Museu Judaico, em São Paulo, a experiência começa pela entrada imponente, curiosamente, foi a primeira vez que fui revistado ao entrar em um museu, parecia até que eu estava embarcando em um avião.

O museu retrata a história do povo judeu no Brasil e no mundo, destacando suas contribuições culturais, sociais e econômicas ao longo do tempo, em uma das exposições, me deparei com a figura de Silvio Santos, um dos judeus mais conhecidos do país, o que mostra como esse legado está presente em diferentes áreas da nossa sociedade.

O acervo do Museu Judaico de São Paulo inclui peças históricas e culturais relacionadas à comunidade judaica, como objetos religiosos, fotografias, documentos, obras de arte, livros e instrumentos musicais.

Sem dúvida, é uma instituição importante tanto para a comunidade judaica quanto para todos os que se interessam por história, cultura e diversidade. Um lugar que ensina, emociona e faz a gente refletir sobre o respeito, a tolerância e a riqueza das diferentes heranças culturais presentes no Brasil.

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Durante muitos anos o Tiradentes que é símbolo da PM/MG era com barba e cabelo grande, depois, de uma pesquisa se confirmou que o Tiradentes não tinha barba, nem bigode e nem cabelo comprido, e assim, foi alterado a imagem do Tiradentes no brasão da PM/MG. Que por sinal é um brasão maravilhoso!

Orgulho da PM/MG, onde o meu pai foi um oficial do Regimento de Cavalaria Alferes Tiradentes - RCTA.

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Como ele tinha algumas terras, além de ser esquartejado estes terrenos foram cobertos por sal, para que não nascesse nem mesmo uma erva. Pra dar aquele ar de “amaldiçoado” mesmo viu.

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O livro “Tiradentes - Esquisse Biographic”, escrito por Monteiro Cordeiro em 1892, é a referência mais utilizada por historiadores civis e militares e permite compreender o momento histórico e a simbologia criada.

Inicialmente, parece razoável que Tiradentes estivesse com barba comprida, vez que ficou preso por quase 3 anos, antes de ser enforcado e esquartejado.
Porém, nos registros, consta que em sua execução sua posição de Alferes foi respeitada e ele vestia o uniforme de gala do posto que ocupava.

Embora o posto seja equivalente a Cadete atualmente, é mais provável que na época, a função estivesse mais para Aspirante ou 2º Tenente, vez que há alguns registros onde consta que ele teria comandado um Quartel.

Nas imagens em que é representado de barba e vestindo uma túnica, sob meu ponto de vista, visava criar uma imagem político/religiosa e, parece que surtiu efeito, pois a grande maioria tem essa imagem na mente.

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Neste pequeno vídeo de produção do Senado Federal é retratado a questão da barba:

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Já visitei o Museu Nacional, no Rio de Janeiro, algumas vezes na infância. Eu me lembro muito bem da grandeza daquele lugar. Passava o dia inteiro andando pelas diversas seções do museu, com olhar curioso. Tanto que uma vez me trancaram sem querer na sala das múmias do Egito, quando o museu estava fechando… Eu estava lá no fundo olhando cada detalhe. A sorte é que me ouviram gritar: - Ei, estou aqui! A porta se abriu, e desde então nunca mais voltei lá. Fiquei sabendo do incêndio em 2018 e isso me entristeceu profundamente.

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O maior museu a céu aberto do mundo:



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@FelipeMoraes,
Ainda que sejam locais onde os protagonistas de muitas histórias (e estórias!) descansam, sob meu ponto de vista, não é razoável comparar com os diversos Museus existentes pelo Mundo com o local de descanso daqueles já se foram.

Os museus são locais notabilizados pela diversidade de temas, cujo principal mote é difundir o conhecimento humano no decorrer do tempo e, possibilitar um vislumbre do futuro.

Salvo engano, essas fotos são do Cemitério da Consolação em São Paulo/SP e, apesar de grande, sua área é de pouco mais de 70 mil m², pequeno quando comparado ao Wadi-us-Salaam, localizado em Najaf, no Iraque, cuja área supera os 10 mil Km²

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Bom, eu acredito que onde há história, há um museu. O número de artes que o Cemitério da Consolação possui é maior do que muitos museus que eu mesmo já conheci.

O Cemitério possui vários QR Codes que ensinam sobre a arte que o túmulo representa e quem foi o artista que o fez e a figura história que está enterrada ali quando há.

Se um museu: pesquisa, coleciona, conserva, interpreta e expõe o património material e imaterial, visando a educação, o estudo e o prazer, o Cemitério da Consolação é um.

Até porque é usado até mesmo por escolas para difundir a história, principalmente de São Paulo.

Mas também é, tudo o que você mencionou sim, através do seu ponto de vista, e esse que escrevo é o meu, baseado na definição de museu e na vivência de visitar o local e apresentar a turistas por diversas vezes, inclusive ao autor do post. :grinning_face_with_smiling_eyes:

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Aliás, quem tiver interesse de vistar esse museu, segue link para informações:

E aqui um mapa do que você encontra lá dentro, olhando pelo lado artístico é claro:

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Se Tiradentes virou mártir por causa de 20% de carta tributária, imagine hoje com 32%. Antigamente tinha-se o costume de atribuir características beato-religiosas a líderes e autoridades como uma forma de conquistar o apoio popular, aconteceu o mesmo com Joana D’arc, Elizabeth I e outras. Na verdade, até hoje políticos usam religião para alcançar seus objetivos meramente seculares, só que de uma forma distinta…

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