Resolvi criar algumas perguntas para fazer antes de tomar decisões financeiras, sejam pequenas decisões cotidianas, sejam grandes decisões. Muito pertinente, pois temos que ter mais consciência sobre a forma que gastamos nosso dinheiro. Vamos a elas:
- Isso tem impacto positivo na minha vida? Qual?
Refletir sobre o real impacto da decisão sobre a nossa vida e o nosso bem estar. Isso faz diferença realmente? Porque em alguns casos gastamos por gastar, sem pensar se aquilo contribui para nossa felicidade.
- Eu vou me arrepender de não ter feito/ido?
Aquele show imperdível, aquele convite irresistível, aquela tentação na forma de uma oportunidade aparentemente única de ter/fazer alguma coisa. Em primeiro lugar, será mesmo tão única? Em segundo, será que é mesmo assim tão importante? Às vezes é algo que até gostaríamos de ter/fazer, mas que não vale o seu custo, que não faz tanta diferença assim, que será logo esquecido sem um impacto. Deixar de fazer/ir talvez cause um pequeno desconforto no momento de dizer “não” mas quem sabe percebemos que nem é algo com o que verdadeiramente nos importamos.
- Qual o custo financeiro e não financeiro da minha decisão?
O famoso “eu posso?” da tríade querer, precisar e poder. Eu posso arcar com o custo da minha decisão? De que modo essa decisão impacta as demais coisas que são importantes para mim? Às vezes temos a disponibilidade financeira de arcar com a decisão, mas temos que perceber que ela tem também um impacto sobre outras coisas que queremos tanto ou mais. Às vezes comprar/fazer algo significa não comprar/não fazer alguma outra coisa. Inclusive, pode significar se aposentar mais tarde ou ter menos no futuro. Estamos dispostos a arcar com isso e abrir mão de outras coisas? Ainda, qualquer decisão tem um custo de oportunidade, o custo do que deixamos de ter/fazer quando decidimos por um caminho. Qual é esse custo? Algumas decisões também envolvem tempo, seja mais tempo para cuidar de algo que compramos, seja menos tempo fazendo algo que gostamos, seja mais tempo em deslocamentos. Assim por diante.
Acho que pensar nessas questões me fez refletir mais sobre o que está no meu orçamento e para onde vai o meu dinheiro e questionar se algo que envolve dinheiro vale a pena. Me tornou mais crítica e me fez lembrar de quais são as minhas prioridades na vida, prioridades que eu já conhecia, mas que agora estão no papel central das minhas decisões.