Renda Fixa no Detalhe: Inflação!

Leva em conta sim. Ipca é o poder de compra médio real.

O que você provavelmente está falando é aquele cálculo do DIEESE, que se baseia sim no IPCA, mas são 4 salários mínimos porque segundo a constituição federal o salário mínimo deve ser suficiente para o homem da casa dar conta de sustentar 4 pessoas, 2 adultos e 2 filhos.

Mas mesmo o dieese usa o ipca como base + constituição federal de 1988, que na época o homem, marido, da casa era o único provedor de renda e por isso a constituição dizia sobre o salário mínimo dar conta de sustentar uma família de 4 pessoas no total.

Em resumo, dieese = IPCA X 3,92

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Acho que um dos principais pontos do artigo sensacional e sobremaneira esclarecedor do Luck é justamente apontar que esses índices (IPCA e similares) representam uma cesta de produtos teórica e genérica que, ainda que busque refletir e abranger o consumo típico das famílias em uma faixa de renda específica, dificilmente reflete com fidelidade a situação de qualquer família ou pessoa em particular. Ainda assim, não deixa de ser uma métrica relevante e plena de significado, que influencia uma série de coisas, tais como de rendimento de investimentos, a taxas de empréstimo, e até a política monetária.

Ou seja, não tem cabimento ficar discutindo o preço de um produto isoladamente. O frango, que consta no artigo, foi trazido como a ilustração de uma curiosidade, uma coincidência que quase que certamente ocorreria, não fosse com o frango, com um outro produto qualquer, olhando para um período específico.

O índice é o que ele é e o que ele representa. Ele tem um sem número de utilidades, só não serve para pautar as nossas decisões individuais sobre o nosso orçamento familiar e a nossa economia doméstica, e cabe a nós mesmos ter a consciência da nossa cesta de consumo e como ela tem sido afetada ao longo do tempo, para que tomemos decisões melhores.

Parabéns, @LuckPass , por mais um excelente artigo! :clap:

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Aqui está.

O real se desvalorizou 22.44% em 2024.

O salário mínimo teria que subir para 1.728,85; apenas para manter o mesmo poder de compra.

Com o salário mínimo em 2024 de 1.412, e uma desvalorização de 22.44%, o cálculo para reajustar o salário é:

Novo salário = salário atual x (1 + Taxa de desvalorização)

1.412 x (1 + 0,2244) = 1.728,85.

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Você provavelmente está confundindo alguma informação. A inflação foi de 4,83% em 2024.

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Tá. Olha aí. :backhand_index_pointing_up:

Deu 21.8%. Outros falam 22.44%.

É isso que conta.

IPCA é conversa pra boi dormir.

Tem que ver a desvalorização da moeda. Esse é o cálculo justo que deveria ter sido usado sempre.

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Isso foi em relação ao dólar. Embora tenha alguma influência nos preços cotados internacionalmente, a moeda americana não é referência para políticas internas, muito menos para balisar o salário mínimo.

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Claro que é. Tudo que a gente consome é em dólar. Gasolina, alimentos…

Veja o salário mínimo do Brasil em dólar e compare com os outros países sul americanos.

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Isso não tem fundamento algum na realidade. Você não conseguirá apontar 10 ítens da cesta básica que tenham acompanhado a valorização do dólar em 2024. Gasolina subiu 9,71%.

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Desvalorização do REAL em 2024

Dolar PTAX 27,91

Dolar Com 27,35

Em 2025

Dolar PTAX -13,96

Dolar cOM - 13,91

Tá forte em 2025

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Quando o produtor de café vê o dólar alto, ele aproveita pra vender mais caro pra fora e em maior quantidade, fazendo com que a oferta interna diminua, consequentemente puxando o café pra cima. Isso sem levar em consideração a quebra de safra.

Então, o dólar (que representa 50% do comércio global) realmente não deve entrar no cálculo do salário mínimo? Mesmo colocando também o “IPCA”?

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Correto. O Dólar impacta no IPCA mas não faz sentido usar ele pra basear o salário mínimo.

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Um índice de preço só refletiria o status real da economia se cada produto fosse acompanhado desde a fábrica até o consumidor final, se o governo tivesse acesso ao preço de venda no momento em que ela ocorre, isso para todos os produtos dos diferentes segmentos. Com base nisso se faria uma média por estado e inclusive município.

Dado o número quase infinito de produtos que variam tanto em gênero, quanto marca, peso e quantidade é quase impossível obter uma pesquisa confiável que corresponda a realidade. Também existem produtos apenas regionais, como o açaí que muito consumido na Amazônia, o queijo em Minas, o Chimarrão apenas no Sul, etc…

Fazer esse tipo de pesquisa de preços por amostragem por meio de telefone parece coisa do tempo das cavernas, especialmente em tempos de inteligência artificial, automação e tecnologia de ponta.

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Por isso o salário mínimo regional tem que ser pra todos os estados, não só São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

Por que será que não tem no Norte e Nordeste? :thinking:

Não sei se essa pergunta precisa de uma resposta, dado a influência política.

Mas deveria ser motivo de pauta.

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Falando em hiperinflação lembrei-me de quando passei uns tempos nos Estados Unidos.

Ao voltar para o Brasil a moeda já tinha trocado várias vezes mas as cédulas continuavam em uso, por exemplo uma cédula de 100 mil patacas agora valia 10 centavos de pataca nova.

Aí fui à padaria comprar um litro de leite. O negócio foi mais ou menos assim:

O leite custava 60 centavos (de pataca novíssima).
Paguei com uma nota de 10 mil (de pataca nova).
Ele me devolveu 400 mil de troco (de patacas).

Saí sem entender nada.

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Aí em 08/2025 o Real foi a 3º moeda que mais valorizou no planeta em frente ao dólar, em +13%, e ano não terminou ainda. Pode voltar os +21% para estaca zero…

Dólar/câmbio não é coisa pra novato. Especular dólar só serve pra economista errar feio. 99% das corretoras erraram em 2024 prevendo dólar em R$7,53 para 2025… :joy:

Se não gosta do IPCA, usa IGP-M que é outro índice mais sensível ao dólar. IGP-M esteve acima do IPCA desde 2000~2024, só em 2025 está abaixo do IPCA por causa da queda do dólar. Muitos contratos de empresas usam IGP-M como correção de contratos de serviços.

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Impacto nos Investimentos

A inflação é o benchmark primordial de qualquer aplicação financeira, ou seja, se seu investimento não supera o índice de preços, você não está obtendo um ganho real de fato. Dessa forma, ao escolher os ativos, é preciso avaliar a capacidade destes de superar o índice. Para saber o ganho real de determinada rentabilidade, utilizamos a seguinte fórmula:

Rendimento Real = (1+Rend. Líquido)/(1+Inflação)-1

Consideremos a rentabilidade líquida atual da taxa Selic sob a menor alíquota do IR, de 12,665% e a inflação média anual do Real, de 7,16% ao ano, aplicando a fórmula, teríamos: (1+0,12665)/(1+0,0716)-1, resultando num ganho real de 5,14%.

Os títulos prefixados são os de maior risco nesse aspecto, pois a taxa contratada será a rentabilidade efetivamente recebida no vencimento, independente da variação do índice de preços. Como não se sabe qual será a inflação no futuro, o ideal é que o investidor busque ativos prefixados com uma boa margem acima do histórico inflacionário dos últimos anos.

Já os títulos pós-fixados, normalmente atrelados ao CDI, podem oferecer uma proteção relativa contra o aumento do custo de vida, pois o indexador é equivalente à taxa Selic e esta normalmente persegue o IPCA com um certo atraso, já que o Comitê de Política Monetária costuma utilizar a taxa básica para controlar a inflação. O risco aqui está no curto prazo, pois as alterações na taxa Selic geralmente não acompanham a velocidade da elevação dos preços.

Os papéis atrelados ao IPCA, também conhecidos como híbridos, são naturalmente os mais indicados para quem quer proteção contra a inflação e possuem o menor risco de perda real. Aplicações isentas de IR, como LCI’s, LCA’s de bons emissores e a nova LCD, são ótimas opções com risco aceitável, pois garantem a rentabilidade real contratada no vencimento.

Por outro lado, nos ativos IPCA+ sem isenção de imposto, deve-se ter atenção ao prazo, pois, como o IR é cobrado também sobre a correção monetária, no caso de uma inflação muito acima da média o ganho real pode ser comprometido e até anulado no curto prazo. Porém, quanto maior o prazo, mais improvável será a perda real num título IPCA+. Nos exemplos a seguir, considerando as taxas atuais, podemos verificar que não há um número de inflação que causaria perda real num título IPCA+ principal do Tesouro Direto.

No Tesouro IPCA+2050, apesar dos números estratosféricos, o ganho real permanece praticamente estável.

Por garantir em rendimento real acima da inflação, os títulos IPCA+ de longo prazo são os mais recomendados para construção de patrimônio.

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Opinião impopular: Brasil é país do rentismo.

Nos EUA, as 20 maiores empresas são de tecnologia, carros, farmacêutica.

No Brasil, as 20 maiores empresas são bancos. Investem no tesouro direto.

Nos EUA a inflação média é 2% e no Brasil 7%. Média dos últimos 20 anos.

O que muitos influencer escondem: Existem ratings de investimentos por países, que classifica se ações rendem mais que a renda fixa do país a longo prazo.

E pasme, a longo prazo, segundo Moody ou Fitch, Brasil rende menos com ações do que renda fixa. Na média. Entra na categoria especulativo, onde menos de 10% das ações vão superar CDI.

EUA, mais de 50% da média vão render mais que renda fixa, a longo prazo. Não é inteligência, é média.

Ou seja, se tirar um recorte parcial das ações pode mostrar um gráfico bonito rendendo mais que renda fixa no Brasil, mas não passa de exceção da exceção.

Nos EUA, 85% dos fundos de investimentos privados rende líquido mais que tesouro, no Brasil menos de 6% dos fundos batem 100% do CDI. Não é questão de inteligência ou burrice, é classificação de crédito do país e grau de investimento. Nenhum fundo brasileiro bate 120% CDI como algumas caixinhas especiais.

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O alto retorno da renda fixa no Brasil não é um sinal de saúde econômica, mas sim uma compensação necessária para o risco e a inflação elevada do país, o que Historicamente desincentiva o investimento produtivo de longo prazo em detrimento do retorno financeiro garantido.

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