Renda: Fixa ou Variável?

João e Pedro eram amigos de longa data, unidos por uma paixão em comum: o futebol. Mas, além dos gramados, compartilhavam outra paixão: a busca por um futuro mais próspero. Nos fins de tarde, enquanto saboreavam uma cerveja gelada em seu bar favorito, os dois amigos discutiam sobre investimentos, cada um defendendo sua estratégia com fervor.
João era um homem mais conservador. Acreditava que a segurança era fundamental e, por isso, preferia a renda fixa. Os títulos de dívida do governo e os Certificados de Depósito Bancário (CDBs) eram seus investimentos preferidos. “A renda fixa é como um time que sempre joga em casa”, costumava dizer. “Você sabe exatamente o que vai ganhar no final do jogo.”
Pedro, por outro lado, era um jovem aventureiro. Adorava a adrenalina dos investimentos de risco e via a renda variável como uma oportunidade de multiplicar seu patrimônio rapidamente. Ações, fundos imobiliários e criptomoedas eram seus ativos favoritos. “A renda variável é como uma copa do mundo”, afirmava. “Você pode ganhar muito, mas também pode perder tudo.”
As conversas entre os dois amigos eram sempre acaloradas. João argumentava que a volatilidade da renda variável era um risco muito grande, enquanto Pedro respondia que a rentabilidade da renda fixa era muito baixa para quem queria construir um patrimônio de verdade.
Uma noite, durante uma dessas conversas, João propôs uma aposta: quem conseguisse obter o melhor retorno sobre o investimento em um ano seria o vencedor. Pedro, confiante em suas habilidades, aceitou o desafio.
Durante um ano, os dois amigos acompanharam de perto seus investimentos. João, com sua estratégia conservadora, obteve um retorno estável, mas abaixo da inflação. Pedro, por sua vez, viveu momentos de euforia e de desespero. Houve dias em que seus investimentos valorizaram significativamente, mas também houve dias em que ele perdeu muito dinheiro.
No final do ano, os dois amigos se reuniram para avaliar os resultados. Para surpresa de João, Pedro havia obtido um retorno muito superior. No entanto, ele também havia passado por momentos de grande ansiedade e por pouco não perdeu tudo.
Após uma longa conversa, os dois amigos chegaram à conclusão de que não havia um investimento melhor que o outro. A renda fixa e a renda variável tinham seus próprios prós e contras. O mais importante era encontrar um equilíbrio entre risco e retorno que se adequasse ao perfil de cada investidor.
Decidiram, então, diversificar seus investimentos, combinando renda fixa e variável de acordo com suas próprias preferências e seus próprios perfis. João continuou investindo em títulos de renda fixa, mas também destinou uma parte de seu patrimônio para a renda variável, buscando um retorno maior a longo prazo. Pedro, por sua vez, manteve seus investimentos em ações e fundos imobiliários, mas também passou a investir em títulos de renda fixa para proteger seu patrimônio.
A amizade entre João e Pedro se fortaleceu ainda mais após essa experiência. Eles aprenderam que o investimento é uma jornada individual e que o sucesso depende de uma combinação de conhecimento, disciplina e paciência.
É como a minha avó já dizia: “Não coloque todos os seus ovos em apenas uma cesta.”

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