Então, eu e o Felipe estávamos refletindo aqui sobre as razões do envio do e-mail.
Uma possível justificativa que eu cheguei é que isso pode ser um mecanismo de segurança que foi implementando, mas de eficácia questionável.
Imagine uma situação em que uma pessoal mal intencionada queira descobrir se um determinado e-mail que ela obteve pertence a um cliente do Nubank.
Caso o Nubank informasse no momento do cadastro que o e-mail fornecido não poderia ser utilizado, o atacante já poderia obter indícios suficientes que confirmassem a sua suposição.
De forma a evitar que isso acontecesse, o Nubank pode ter implementado essa funcionalidade, assim apenas o dono legítimo do e-mail ficaria sabendo que estão tentando realizar o cadastro com seu e-mail, logo ele conseguiria antecipar o seu “algoz” e possivelmente investigá-lo.
No entanto, essa abordagem tem um revés se considerarmos um cenário B, onde quem tentou fazer o cadastro é uma pessoa de bom caráter que apenas confundiu o e-mail e o legítimo dono do e-mail é alguém mal intencionado ou que queira se aproveitar da situação.
Um ponto que o Felipe levantou é que, independente da intenção de quem recebeu o e-mail, isso pode levar a uma quebra de privacidade, dado que é informado o nome completo da pessoa e sua intenção de realizar o cadastro.
O atacante então teria duas informações cruciais, o nome completo do indivíduo e a informação de que ele está no processo de cadastro para ser cliente do Nubank.
Caso a combinação de nome e sobrenomes não sejam muito comuns, não é muito difícil identificar a pessoa e reunir mais informações sobre ela.
E tendo noção da tentativa de cadastro, haveria a viabilidade de um ataque por engenharia social, onde o atacante poderia se passar pelo Nubank e contactar a vítima para falar a respeito do seu processo de cadastro e persuadi-la com suas informações.
De toda forma, no caso em questão, esse e-mail não ajuda muito quem realmente precisa ser ajudado e acaba por deixar uma brecha de privacidade.