Cada cabeça, um mundo. Os pontos que levantei são objetivamente relacionados ao aspecto financeiro. Há outros aspectos a considerar; como você mesmo disse, o “emergencial” é pessoal, mas daí entraríamos numa discussão bastante subjetiva. Não duvidaria que alguém argumentasse a favor do aumento das taxas do saque na função crédito justificando o pagamento proposital de maiores juros como uma forma de apoio a seu banco favorito. Isso é pessoal e é respeitável. Mas não é racional — financeiramente falando, é claro.
Primeiro, prefiro não citar o Pedro porque minhas críticas não são direcionadas a ele. Ele está apenas cumprindo seu trabalho (literalmente). Digo isso isento de qualquer juízo de valor, apenas como uma constatação objetiva.
Segundo, mas não em ordem de importância, pergunto: como um eventual uso do saque na função crédito poderia ter sido realmente necessário sem que houvesse um bom motivo? A partir daqui, certamente teríamos que subjetivizar novamente a discussão.
Esse era um exemplo que eu esperava do @PauloSuzuki. Como se trata de uma dinâmica diferente envolvendo câmbio e tals, poderia haver alguma justificativa objetiva, financeira. Nos exemplos que ele deu, sinceramente não vi sentido. Não digo isso como se estivesse o julgando; apenas me permiti que o contrário tentasse me convencer, convencimento que não ocorreu.
Se a pessoa pode escolher entre sacar sem pagar taxas (de sua própria conta) e sacar pela função crédito (após essa mudança, com juros superiores ao do cheque especial), não faz sentido optar pela segunda alternativa. Se ela não tem dinheiro na própria conta para sacar, é porque está sem dinheiro e ponto, é fato (no caso, qualquer coisa poderá ser uma emergência ). Isso foi o que cansei de repetir ao rebater o @PauloSuzuki. Por esse raciocínio (e excetuando o caso da viagem internacional), o “emergencial”, sob uma ótica objetiva, só se justifica na falta de recursos. E nessa falta, há opções de crédito muito mais acessíveis que o saque na função crédito.
Todo esse discurso e nem uso eu faço dessa linha (logo, não sou um “hater” que usava bastante o serviço e agora ficou bravo por causa do aumento abrupto dos juros). Em meu outro cartão tenho um limite de saque na função crédito 4x maior que meu limite total do roxinho, e se eu porventura passar por uma emergência certamente não seria esse o empréstimo que tomaria (até o empréstimo pessoal pré-aprovado, que já tem taxas altas, consegue ser melhor).
Mesmo quem tem uma taxa de juros a 1,6% a.m. (que pode parecer pouco à primeira vista), ainda é importante observar que estamos falando de cerca de 1.000% do CDI. Pouca coisa?
Enfim, o intuito aqui era apenas alertar para o outro lado da moeda — o que fica à sombra do marketing.
(esses aqui embaixo…)