Essa conclusão aqui eu não entendi. Tudo o que fica vai render no mesmo ritmo, independentemente de ser depósito novo ou velho.
Aqui aparece mais uma vantagem do resgate do mais recente. Daquilo que a gente tira, quanto menos for o rendimento, menos imposto vai ser retido, visto que ele incide sobre o rendimento. É verdade que nos primeiros 30 dias do depósito ainda tem o impacto do IOF, mas nesses primeiros 30 dias o rendimento ainda é muito pequeno mesmo. Mas tem que lembrar que, enquanto isso, aquele depósito mais antigo, que já tem uma parcela maior que é rendimento, vai continuar rendendo e vai ter chance de trocar de alíquota.
Eu não entendi, nesse caso acima, como é que o depósito vai chegar à alíquota de 15% (depósito com 720 dias) se você sacar sempre do mais antigo.
A verdade é que tudo vai depender da frequência e volume dos aportes, e da frequência e volume dos saques, cada indivíduo vai ter uma experiência diferente e pode ser que a política de prioridade de resgate que é vantajosa para um não seja para o outro.
Um tempo atrás eu cheguei a fazer uma simulação do que seria um uso típico meu, considerei alguns aportes e simulei alguns resgates compatíveis com os meus hábitos, não lembro exatamente o período de estudo que eu considerei, mas acho que foi algo entre 2 e 5 anos, justamente para aparecerem os efeitos da redução de alíquota. Mas na simulação tem que lembrar que o depósito vence e não fica na alíquota de 15% eternamente, ele é sacado e volta à estaca zero (o RDB Imediato tem prazo de 730 dias).
De todo modo, a conclusão que eu cheguei, para o meu perfil habitual de aportes e saques, é que a diferença é muito pequena para eu ter que me preocupar com isso. Ainda assim, confirmei que a política de resgate do mais recente é vantajosa no meu caso, e acredito ser o caso para a maioria das pessoas.
Agora, se o cenário que você está considerando é nesse curtíssimo prazo de um mês, com vários depósitos ao longo do mês, e com vários saques consumindo praticamente tudo o que foi colocado na caixinha, é o IOF que vai ser o grande vilão. Nesse caso, talvez seja vantagem mesmo o resgate sair do mais antigo. Mas se a ideia é manter algum dinheiro nessa caixinha por um período mais longo do que 1 mês, essa lógica já não se aplica mais.
A regra geral ideal, a meu ver, seria priorizar o resgate do depósito mais recente que tenha a menor incidência de IOF.