Enquanto utilizo um pouco do tempo do meu trabalho (na qual não deveria), estou escutando pela primeira vez aquela cantora Billie Eilish, mais precisamente a música When the party’s over (na qual não tem nada a ver com o que venho a pensar e a escrever), mas pensei nas coisas que consumi este ano (ao menos algumas delas). E quando digo que consumi, digo que foram as coisas que acabei gastando impensadamente o meu dinheiro “suado”.
Me veio a ideia de que poderia conceder a mim mesmo o livre e abstrato pensamento de que eu deveria ter mais consciência das coisas que consumo e gasto/invisto. O mais incrível de acreditar é que eu sempre pesquiso se de fato eu devo comprar ou não (se é por si só um desejo ou se de fato eu preciso do objeto que quero) muitas vezes me apego à ideia de que o que eu vou comprar é algo realmente necessário, mas uma coisa é certa: independente do que seja, no meio do caminho, enquanto utilizo o que comprei, alguma coisa se dá como errado e percebo que me ferrei mais uma vez. Vejamos 3 exemplos básicos do que comprei e o porquê acho que não deveria ter comprado:
-
Um celular novo (Pqp, eu tinha um telefone que estava funcionando perfeitamente. Tudo bem que eu desapeguei e vendi pra outra pessoa, mas depois de duas semanas de uso, percebi que o celular anterior cumpria a mesma proposta, ao menos para o que eu preciso);
-
Livros (toda semana, sempre que vejo um livro em promoção, eu compro. Perto do meu trabalho tem um sebo que vende livros novos e usados pela bagatela de R$ 5,00. O mais ridículo é saber que eu compro, mas sei que vou ler no meu Kindle, porque geralmente tenho o livro nele. Resumindo: no fim do mês eu gasto com livros físicos, sabendo que vou ler com o Kindle;
-
Bolsa nova (Tudo bem que parece que eu estava precisando. Isso até o momento me vem como incontestável. Mas eu tenho outra bolsa novinha, que também cumpre a proposta, mas me deixa com a coluna doendo, porque ela se usa de lado. Mas aí eu pergunto: será que não dava pra aguentar mais um pouco?).
São pontos como esse que me pergunto: será que tem alguma coisa de errada comigo? Das duas opções, só me resta uma: Eu não sei gastar o meu dinheiro ou não sei investir da maneira correta.
A minha ex-chefe, chamada Duda, sempre que me solicitava algo, ela analisava e quase que todas as vezes, ao final de verificar dizia: Cumpre a proposta ou NÃO cumpre.
E todas as vezes que compro algo que pode ou não me beneficiar, vem em minha mente, em alto e bom som a voz dela dizendo: será que cumpre a proposta para o que quero? Todo mundo, antes de gastar ou investir, deveria se perguntar dessa forma. Será que isto, que vou adquirir neste momento, cumpre a proposta do que eu quero? Se for bom, é investimento, se não for, é gasto.
Enquanto me pergunto isso, percebo que não há nada como uma música boa, e ahh, de fato, parece que Billie Eilish (ao menos a música que agora estou ouvindo, bellyache. Realmente é boa.