E a Selic, hein? Agorinha o Copom, do Banco Central, decidiu por mais um aumento e a taxa de juros mãe da economia passou de 14,25% para 14,75% ao ano – essa é a taxa mais alta desde 2006.
Pra quem investe, a gente sabe que uma Selic desse tamanho é uma oportunidade de aumentar os rendimentos, sem grandes riscos, né …inclusive, se a Caixinha Turbo estiver liberada pra você, este é o momento de usá-la!
Pra quem tem dívidas atrasadas ou quer contratar um financiamento ou algum empréstimo … pode ser que os juros fiquem maiores agora.
Mas eu já sei que tem muita gente aqui na Comunidade que é bem atento a esses movimentos, por isso, estou curiosa pra saber o que vocês vão fazer com essa informação? Me conta…
As expectativas de mercado a partir de 2026 a SELIC tende a cair, chegando a 10% em 2028, se o horizonte de investimento for maior que 5 anos, uma boa alternativa são investimentos atrelados a inflação IPCA.
Mas devemos levar em consideração a condução da politica econômica, 2026 é um ano de eleição, se sua carteira é bem diversificada e está dando retorno dentro do esperado, é melhor manter a alocação.
Alta de Selic em um nível absurdo desses é mais um afago que o BC quer fazer aos bancos do que algum interesse em controlar a inflação. Juros absurdos assim não encontrados em nenhum lugar no mundo, tem que ser muito ingênuo para imaginar que um país como o Brasil esteja certo e o resto do mundo rotundamente enganado.
Gostei deste diagnóstico da Equipe Galapagos Capital:
Comentário Econômico - Decisão de Política Monetária: próximo do final do ciclo.
O Bacen elevou a taxa de juros para 14,75%.
Em decisão unânime, o Banco Central do Brasil elevou a taxa Selic para 14,75% ao ano, conforme sinalizado na reunião anterior, e manteve aberta a possibilidade de novo ajuste em junho. Com esse movimento, o ciclo de aperto iniciado em 2024 acumula 425 pontos base, levando a Selic ao maior nível desde agosto de 2006. Em termos reais, a taxa ex-ante atinge 9,1%, significativamente acima da estimativa de juro neutro de 5%, refletindo um grau de aperto monetário comparável ao observado há quase duas décadas. Em nossa avaliação, o comunicado sugere que o ciclo está próximo do encerramento. A ênfase no tamanho acumulado do aperto, aliada ao reconhecimento dos efeitos defasados sobre atividade e inflação, reforça essa leitura. A retirada da menção a riscos assimétricos para a inflação também é consistente com uma postura mais próxima da estabilidade. Contudo, o diagnóstico do cenário atual permanece desafiador: expectativas desancoradas, projeções de inflação ainda elevadas, economia resiliente e mercado de trabalho pressionado. Isso implica que, para encerrar o ciclo, os dados a serem divulgados até a reunião de junho precisarão sinalizar melhora relevante rumo ao objetivo de convergência da inflação à meta no horizonte relevante. Assim, mantemos nossa projeção de uma alta adicional de 25 pontos base em junho, encerrando o ciclo em 15%. Nossos modelos indicam que esse nível é consistente com a convergência da inflação para a meta de 3% até o quarto trimestre de 2026, assumindo taxa de câmbio entre R$ 5,60 e R$ 5,70/US$. Acreditamos que os efeitos da política monetária começarão a se materializar ao longo do segundo semestre, com desaceleração da atividade e recuo da inflação corrente contribuindo para a reancoragem das expectativas. A projeção do Banco Central para 2026, em 3,6%, ainda está acima da meta, mas tende a recuar nos próximos meses. O cenário externo seguirá complexo no curto prazo e o impacto desinflacionário sobre os emergentes das novas tarifas comerciais impostas pelos EUA também deve ocorrer apenas na segunda metade do ano. Com isso, reforçamos a necessidade de prudência na condução de política monetária no curto prazo para a configuração da nossa previsão de início de cortes em dezembro de 2025, com uma redução inicial de 50 pontos base. Projetamos uma trajetória gradual de afrouxamento, com Selic atingindo 10,5% até julho de 2026.
Pra Tesouro Direto, o momento pode ser interessante agora…a depender da próximo decisão do Copom, de fato, é possível que as taxas dos títulos comecem a cair.
Mercado está Supondo que governo atual não será reeleito. Mercado costuma errar bastante previsões.
Não sou pessimista, mas tem boas chances de existir 18% dependendo de 2026.
Não é teoria da conspiração, mas existe uma bolha de rentistas que preferem juros altos porque sua carteira depende de cenários assim. Nada no mercado é unânime. Sempre existe um lado chorando e outro vendendo lenços.
O Brasil precisa mais de empreendedores do que pessoas que vivam de renda passiva, coisa que nunca vai acontecer se a taxa de juros persistir nesses níveis asfixiantes para economia.