Ihhh, gerou textão!
No réveillon de 2005/2006, eu tava bem insatisfeita com o fato de estar há quase 4 anos formada em Comunicação Social e trabalhando no comércio, ganhando um salário mínimo, pensando que não queria passar mais um ano da mesma forma.
Eis que no dia 02 de janeiro, uma tia me liga e “toca na ferida”, me pergunta: “Por que você não vai pra Roraima, tentar emprego na sua área?”. Inicialmente, achei aquela proposta uma loucura! Muito distante! Minha tia completou: ,“Tem Déo (minha outra tia) que mora lá, a gente te dá a passagem e se você achar que não dá, gente compra a passagem de volta. Vai perder o quê? Emprego no comércio, você arranja outro, se voltar”.
Dois meses depois, eu desembarcava na capital Boa Vista. Me apaixonei de cara, quando minha tia me levou pra casa pela Av. Ene Garcês, passando pelo Complexo Ayrton Senna e a Praça das Águas! Senti que seria muito feliz ali.
Em julho, comecei a trabalhar como recepcionista de hotel, em agosto, fui morar sozinha. No mesmo mês, comecei a trabalhar como repórter de um jornal impresso local. Em dezembro, passei na seleção para Assessora de Comunicação do SENAI, de onde só saí 3 anos e meio depois quando passei em um concurso federal, em 2010.
Nesse meio tempo, comprei meu apartamento.
Morei em Roraima de 2006 a 2012 e durante aqueles anos incríveis, muitas coisas maravilhosas aconteceram. Fiz amigos pra toda a vida, comecei a derrubar muitas crenças limitantes, amadureci muito, fiz muitas trilhas, tomei muito banho de igarapé, rio, cachoeira, participei de muitos luaus, viajei diversas vezes para a Venezuela (El Pauji, Puerto Ordaz, Isla de Marguerita, Monte Roraima), viajei um mês pela Argentina, conheci muitos mochileir@s e ali foi plantada a semente para fazer o meu mochilão.
Primeiramente, em 2014, já trabalhando em Sergipe, onde moro hoje, fiz um “mochilinho” por um mês por 6 países da Europa. E entre 2015 e 2018, tirei uma licença sem vencimentos do serviço público e fiz um mochilão pelas cinco regiões do Brasil, de carona, na maior parte dos deslocamentos.
Faltando 4 meses para voltar pro trabalho, conheci a minha mochila gêmea @Wierman que estava voltando de um mochilão pela Europa e estamos juntos há quase cinco anos.
Estejamos sempre com os olhos e os ouvidos do coração abertos, Deus sempre encontra uma forma de falar conosco, de nos apontar o melhor pra nós, nos resta ouvir com amor, ter coragem, atitude e disposição.