O NUBANK não errou e a Cristiana Junqueira foi mais uma vítima, sim, vítima de uma narrativa que se apropria de certas causas com a única finalidade de causar danos e rachas na sociedade.
Ninguém fala que a pergunta da jornalista foi extremamente capciosa e inundada de preconceito e racismo (sim, racismo velado também é racismo), de forma pragmática: A jornalista faz uma pergunta sobre o que o NUBANK faz para combater o racismo algorítmico, a Cristina (prefiro acreditar no lapso de ingenuidade) respondeu sobre o programa de treinamentos, sobre a dificuldade de encontrar pessoas qualificadas (isso ocorre em TODO o Brasil), e citou o fato do NUBANK trabalhar com tecnologias novas, pouco conhecidas no Brasil etc. a jornalista (com muita maldade, racismo e preconceito), rebateu questionando se o nível de dificuldade não era o problema, a Cristina respondeu o que tinha que ser respondido, nada mais do que o óbvio, não dá para nivelar por baixo, caso contrário a PESSOA (qualquer pessoa, ser humano), terá dificuldade de acompanhar a equipe.
Alguém pode me explicar o que tem de racismo nisso? Ou melhor, alguém pode me responder, porque ninguém se atentou ao fato da Cristina ser mulher e presidente de uma Fintech que tem 30 milhões de clientes, afinal pelo que dizem por ai, mulheres em cargos de liderança são minorias, alguém se atentou para a idade, o currículo e a trajetória dela no setor bancário etc. sendo mulher e inclusive no inicio do NUBANK estava grávida, por fim e não menos importante, alguém questionou porque raros são os casos de jornalistas negro(as) na bancada do “Roda Viva”.
O NUBANK tem funcionários de vários países, falam vários idiomas etc. os executivos tem currículos de peso, experiências em grandes players do setor bancário, investimentos etc.
A jornalista conseguiu o que queria, destruir a reputação de uma mulher que num país como o Brasil, conseguiu fazer o que homens, brancos etc. não conseguem e só conseguiu isso porque não nivelou por baixo, exigiu o melhor de todos, os melhores entre os melhores e isso não tem a ver com raça, gênero etc. tem a ver única e exclusivamente com um problema de cunho ESTATAL, quem deve cuidar de questões sociais é o Estado, as empresas até ajudam, criam programas etc. mas não podem e nem devem ir além disso, correndo o risco de nunca avançarmos como país, sempre precisando de proteção estatal (é a lógica da importação, defender a indústria nacional).
Vamos ao exemplo… um piloto precisa de X horas de voo para pilotar um avião, mas isso custa caro, é demorado, o nível de dificuldade é elevado etc. por isso temos poucos pilotos, vamos fazer assim, vamos reduzir o número de horas, reduzir os custos (consequentemente utilizar aeronaves velhas), vamos nivelar por baixo, assim teremos mais pilotos, uau.
Quem vai viajar de avião sabendo que QUALQUER PESSOA pode fazer um cursinho, nem precisa ser avaliado, talvez nem fazer voos práticos, somente em simuladores.
Questionar a desonestidade intelectual da repórter ninguém faz, pedir retratação ao programa por jornalistas tão mal intencionados, ninguém faz. Poderiam extrair muito da Cristina, mas optaram por tentar destrui-la.
Só para lembrar, vou surfar na onda e finalizar dizendo o óbvio: sou mulher, negra, Pedagoga e interprete de LIBRAS e já vi inúmeros profissionais que não conseguiam sequer acompanhar uma reunião via ZOOM porque tem dificuldades com informática, mas tudo bem, se elevar o nível não dá para contratar ou manter na equipe.