O que determina o valor dos bens?

Olá, queridos (as) @NuCommunity

O presente tema serve de reflexão. Eu li um artigo do Instituto Mises, e achei muito interessante. Chama-se A Teoria da Utilidade Marginal. Eis um trecho:

“Por que os indivíduos atribuem menos valor ao pão do que ao ouro, se o pão parece ser mais importante para sustentar a vida de uma pessoa do que o ouro? Para responder a essa questão, os economistas recorrem à lei da utilidade marginal decrescente.

A economia mainstream explica a lei da utilidade marginal decrescente em termos da satisfação obtida ao se consumir um determinado bem. Por exemplo, uma pessoa pode sentir uma enorme satisfação ao consumir um primeiro sorvete. A satisfação que ela terá ao consumir um segundo sorvete pode ainda ser grande, mas não tão intensa quanto a do primeiro. Já a satisfação obtida com o consumo de um terceiro sorvete tende a diminuir ainda mais, e assim sucessivamente.

A partir disso, a economia mainstream conclui que quanto mais consumimos de um bem em um determinado período, menor será a satisfação, ou utilidade, obtida de cada unidade adicional, ou marginal.

Considere John, o padeiro, que produziu quatro pães. Esses quatro pães são seus recursos, ou meios, que ele utiliza para atingir diferentes objetivos. Suponhamos que sua prioridade máxima, ou seu objetivo mais importante, seja ter um pão para comer. O segundo pão permite a John alcançar seu segundo objetivo mais relevante, trocá-lo por cinco tomates. John usa o terceiro pão para obter seu terceiro fim em importância, uma camisa. Por fim, John decide destinar o quarto pão para alimentar pássaros selvagens. Assim, eis como se organizam as preferências subjetivas de John em relação às unidades de pão disponíveis:

  1. Pão para comer;
  2. Pão para trocar por cinco tomates;
  3. Pão para trocar por uma camisa;
  4. Pão para alimentar pássaros selvagens.

Se um dos pães fosse perdido ou destruído, de qual fim John abriria mão primeiro? Pelo seu comportamento, e assumindo que suas preferências não mudaram, veríamos que John deixaria de alimentar os pássaros, sua preferência de menor importância naquele momento para uma unidade de pão. Inversamente, a lei da utilidade marginal significa que, à medida que aumentam as unidades marginais de um bem, sua utilidade marginal diminui.”

O artigo completo:

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Artigo muito interessante! Acho o tema mais complexo do que parece, já que trata o comportamento humano como algo totalmente racional. Na vida real, porém, as escolhas de consumo são bem mais caóticas — emoções, status e até conveniência pesam muito mais do que a simples utilidade nos dias de hoje.

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Depende da escassez, caso ocorra uma catástrofe e o único alimento que sobrar no mundo for um pão e um copo de água, qualquer pessoa daria mil barras de ouro por eles.

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Oferta e Demanda…

Quando a criptomoeda Ethereum era “mineravel” as placas de video (Gamer) sumiram do Mercado e as disponíveis eram comercializadas por até 4x o valor de um modelo atual.

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São teorias utilitaristas, onde tudo precisa ser útil ou ter objetivo. Funciona para commodities e bens apenas.

Não funciona para arte, cultura, música, esportes radicais, viagens, tudo que envolve emoções e psicologia. Até cursos e estudos são relativos.

NFT de macaco custava 1 milhão de dólares, até jogador de futebol comprou, por pura emoção. Tem item virtual de jogo que custa milhares de dólares e é apenas uma skin dentro de um game, custa caro pelo status e sentimento que causa em quem joga, mas são bits virtuais de um jogo que no futuro pode deixar de existir. É bem mais complexo. Tem um jogo de trem no Steam que se for comprar todas DLC de trens custaria 200k dólares, só em veículos virtuais de um jogo. E quem gosta, compra.

Relógios analógicos mesma coisa, hoje são acessórios de beleza, qualquer celular marca hora com muito mais precisão sincronizado em relógio atômico.

Economia é tão complexo na prática que até hoje existem discussões sobre inflação, imprimir moeda, deflação, etc.

Mises é bom, mas nada em economia é universal. Cada um funciona em seu contexto.

Exemplo prático, teve familiar que pediu ajuda e empréstimos porque apertou numas dívidas, mas se recusou a vender bonecos de coleção que valiam quase 100k, e preferiu ficar emprestando e caindo em juros rotativo em dívida de 5k que virou 10k. Zero utilitarismo.

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