A pessoa pode estar com as finanças em dia hoje e, na atual conjuntura do país, precisar de um empréstimo amanhã e, o mesmo poderá ser recusado em função de uma avaliação totalmente equivocada anterior, feita pelo cadastro positivo.
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Na verdade existe um paternalismo muito grande em relação a quem tem potencial de inadimplência, em detrimento dos adimplentes.
Para o primeiro grupo, juros irrisórios e mutirão para abatimento de dívidas, com prerrogativa de redução de até 90% do valor devido, o que incentiva a reincidência.
Em contrapartida, os adimplentes que pagam à vista, podem vir a ter problemas futuros, se precisarem contrair um empréstimo, pois além dos juros estratosféricos a eles impostos (para potenciais inadimplentes é sempre menor), poderão ter sua solicitação negada, por conta de uma avaliação distorcida do cadastro positivo.
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O imponderável não costuma ser levado em conta por empresas.
O score reflete o seu histórico de gastos e não seu potencial de gastos num futuro incerto.
Há um custo para conceder crédito e não faria sentido fornecê-lo a quem não o utiliza.
Não é pessoal, apenas estatística.
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Ué, você pode geralmente pagar tudo a vista, mas de repente vai fazer uma compra maior.
Fazer um financiamento, mobiliar a casa, coisas assim.
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Com certeza
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Como já havia frisado, o score reflete seu histórico de gastos e não algo que poderá acontecer de repente.
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Você tem razão… O lado humano inexiste no mundo dos negócios, mas gosto de ver todos os ângulos da questão e entendo que a empatia deveria ter um percentual, mesmo que ínfimo, dentro desse contexto!
Situações passíveis de ocorrer com os clientes deveria ser um dos focos e objetivo precipuo a ser atingido por empresas que realmente querem fazer a diferença .
Pura utopia, não é mesmo?
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Exatamente!
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Totalmente.
Mas se não buscarmos a utopia, nada mais nos restará.
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Se essa é a realidade, então a solução é deixar o cadastro positivo.
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Sair do “mundo real” de vez em quando, é uma excelente válvula de escape…
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Para especialistas, no entanto, a retirada do nome não é aconselhável pois, para a liberação da concessão de crédito, ter uma nota ruim pode ser melhor do que não ter classificação. Nesse caso, a empresa terá
condições apenas de verificar se o consumidor tem dívidas vencidas, mas não vai verificar, por exemplo, o histórico de dívidas pagas, ainda que com atrasos.
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Eu so queria entender essas pontuações. O meu score boa vista é 808 e no serasa 299, queria muito saber o motivo dessa diferença tão grande.
Cada instituição tem critérios subjetivos de avaliação. No caso por você mencionado, a discrepância entre elas é gritante!
Me refiro a isso aqui, entende?
Conforme explicam os especialistas, se você precisar contrair um empréstimo, é melhor ter um score ruim (no caso de quem compra somente à vista), do que não ter classificação alguma. É isso.
Mas se pode piorar então pra que ter?
Se a pessoa tem condições de só comprar a vista, então ela não tá nem aí, não vale a pena.
Desculpe, mas eu acho uma lógica clara: se vc nunca fez um financiamento, não há como avaliar o seu comportamento dentro de um.
A avaliação tem de ser em cima de fatos ocorridos, não de suposições. E para nós é até fácil pensar que um bom pagador à vista será bom pagador de parcelas, até porque usaremos exemplos bons para comprovar. Mas e os exemplos ruins? Quem está com o dinheiro em jogo, pensa neles, não no que dá certo.
Outra: cada um de nós teria coragem de usar esta lógica de “paga à vista também paga a prazo” para emprestar nosso dinheiro a amigos e familiares? Acredito que a maioria iria analisar o passado do pretendente ao seu rico dinheirinho…
Sempre vale lembrar:
“Caminho dez passos em sua direção, ela se afasta 10 passos. Caminho 100 passos, ela se afasta 100 passos. Quando mais eu caminho em sua direção, mais ela se afasta. Então, para que serve a utopia? Serve para isto, para me fazer caminhar”!
Eduardo Galeano
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A parcela do cartão de crédito é como a conta de luz ou de um telefone pós pago, por exemplo. São compromissos que a pessoa assumiu pagar. Não sei o porquê de não incluírem todos os pagamentos eletrônicos que as pessoas fazem.