Acredito que posso me considerar uma pessoa privilegiada, mesmo tendo uma origem simples meus pais sempre fizeram de tudo para me (e para os meus irmãos também) proporcionar o melhor.
Bom minha história com dinheiro começou com aquela situação famosa nos lares brasileiros - avós passando dinheiro escondido para os netos - e com isso veio também o primeiro cofrinho porquinho e eu ainda muito pequeno não entendia o que era aquele papel ou o porque ele era importante. Fui crescendo e junto dos meus 2 irmãos percebemos que ter certas coisas era necessário pagar mas de onde vinha esse tal dinheiro?? Foi nessa que comecei a aprender o valor do trabalho, recebia uns trocados por realizar tarefas em casa, o básico mesmo … lavar uma louça ou arrumar a bagunça do quarto veio aí a primeira frustração o dinheiro que recebia nunca era o suficiente, e o que fazer.
A super avó entrou em ação e sugeriu uma outra atividade, pegar latinhas de refrigerante para vende-las no ferro velho e isso foi um divisor de águas eu sempre andava com uma sacola no carro para pegar latinhas que achava e vendia a cada 3 meses. Todo o dinheiro que juntava usava na cantina da escola ou para comprar algo que queria mesmo que isso demorasse um pouco.
Isso me fez compreender o valor do trabalho e a importância de saber gerir o dinheiro que ganhava, também aprendi a ter paciência e resiliência para alcançar meus objetivos.
Hoje com 28 anos tento passar esse mesmo aprendizado ao meu sobrinho e pasmem com 4 anos ele tb adora juntar latinhas, já tem o seu cofrinho e uma carteira com cartões fake e dinheiro que ele guarda para comprar doces.
E vocês já tiveram experiências parecidas como essa?
Eu juntava as latinhas que o povo de casa consumia, não por obrigação. Mas, por costume mesmo. Era coisa da época, não me recordo o motivo, mas financeiro sei que não era… Algo tipo como uma “renda extra”.
Lembro bem que juntei 2 sacolas, desse saco de arroz ai por longos 6 meses. E o valor lembro direitinho, o cheiro dos momentos… Enfim.
O valor juntado foi de uns R$ 12 reais na época (muito dinheiro, uns 100 hoje). Fui com meus pais, compramos carne (filé 1 kg), uns 3 tomates, uma caixinha de cerveja e fizemos a festa só noix… Um churras de final de semana daqueles…
Obrigado por compartilhar sua historia @Rafael_Ricardo! Me identifiquei com algumas partes, gostei bastante.
As vovós sempre nos incentivado com uns trocados no início, mas quando crescer já vai nos dando as manhãs para conseguir nossos próprios trocados. kkkkk
De início era uma renda extras, depois com três filhos acabou virando uma atividade em família e uma forma de nos ensinar a lidar com dinheiro mesmo sendo pouco.
Hoje em dia o dinheiro da latinha vai para o churrasco tb e o churrasco vem com mais latinhas. Nosso ciclo do churrasco.
@Everton_J_da_Silva esse fim de semana teve aniversário/ churrasco em casa e juntamos 2 tambores de latinhas o festa junina do mês que vem tá garantida já!
Depois que minha avó faleceu descobrimos vários cofrinhos com o nome dos netos e recheados de moedas de 1 real, além dos mimos passados escondidos tinha uma mini poupança pra cada um!
É ótimo e não é nem pelo dinheiro e sim pela preocupação e como ainda somos vistos como bebês por eles
Nossa… Tenho isso até hoje, com meus 28 anos. E espero continuar… Minha avó paterna.
E é no dinheiro físico, tá haha. A geração nova, vai olhar “ué, como dá dinheiro escondido, via pix?!”
Os meus eternos R$50,00 que nunca perde a graça nos meus aniversários (hoje, neh). Na infância era escondido, os R$2,00 reais para comprar o lanche da escola (lanche especial) haha. Inocente, achava que tava abafando, um riquinho (me sentia o personagem “riquinho”).
Com certeza… nunca vou esquecer do meu primeiro cofrinho e dos “dinheiros” que minha avó me dava e falava pra eu guardar até ter o valor de algo que queria!
Aquela ansiedade para guardar as moedinhas! Eu procurando nas minhas coisas aqui achei um cofrinho cheio de cruzados e cruzeiros bem no dia do que o Real completa 30 anos, timing perfeito do nubank.
Surreal como as memórias foram vindo com os relatos.
Uma das minhas avós fazia isso mesmo . Às vezes era escondido, mas na maioria das vezes era às claras mesmo, ela deixava um envelope no meu quarto com o “dinheirinho” quando ia embora de volta pra a cidade dela. Era aquele misto de sensações, a tristeza da despedida, mas a alegria de receber aquele mimo. Ah, como éramos manipulados facilmente