PIX ainda perde para TED em volume transacionado

Meio de pagamento mais usado, PIX ainda perde para TED em volume transacionado.

Com 3 anos de lançamento, PIX se mostra mais popular para consumidor final do que para as empresas.

”O que muda com a chegada do PIX? Muda muitas coisas. Primeiro, a inclusão financeira”. A frase é do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, no evento de lançamento do PIX, em novembro de 2020. Três anos depois, o meio de pagamento é, de fato, o mais utilizado pelos brasileiros considerando a quantidade de transações, embora ainda não seja o que movimente o maior volume de dinheiro.

Para especialistas, o PIX tem cumprido seu papel de inclusão financeira, especialmente das classes de renda mais baixa. Agora, a expectativa fica sobre a adesão mais forte pelas empresas, o que deve elevar o volume transacionado. A expectativa é de que novas funcionalidades como o parcelamento acelerem esse movimento.

Os números do BC mostram que o PIX vem ganhando cada vez mais relevância para os consumidores, enquanto todos os outros meios de pagamento têm diminuído sua participação no total de transações nesse período.

Segundo dados do segundo trimestre de 2023, a ferramenta foi responsável por 36% de todas as transações, o maior percentual. A segunda colocação, com 17%, ficou com o cartão de crédito.

Para Myrian Lund, professora de MBAs da FGV, livrando os consumidores dos custos de TED e DOC, o PIX, por ser gratuito, “proporcionou inclusão financeira, e a população de baixa renda está participando do sistema financeiro nacional”.

Ela credita esse movimento também ao crescimento dos bancos digitais. “Todas as pessoas que não tinham conta em banco ou não sabiam usar banco passaram a ter PIX”.

TED ainda domina transações mais volumosas.

Apesar de ser o meio mais popular em quantidade de transações, no volume movimentado o principal meio ainda é a TED, com 42%, seguido pelos 19% das transferências interbancárias. Mas o PIX vem ganhando relevância também nessa comparação, atingindo a terceira posição com 15% no segundo trimestre, segundo o BC.

Os números indicam que o PIX ainda é bem mais relevante para o consumidor final do que para outras partes da cadeia. É o que comenta o economista Átila Cabral, que é diretor da Paramour, empresa de semijoias que conta com uma rede de revendedoras. Enquanto o PIX domina as vendas finais do negócio, a aquisição das mercadorias pelas revendedoras ainda é feita, majoritariamente, de outras formas.

“Na nossa empresa, o percentual que a gente observa do Pix ainda é pequeno porque a gente oferece muita linha de crédito com boleto e cartão de crédito, no B2B. Mas o percentual que elas vendem por PIX é muito alto. O PIX atingiu em cheio o consumidor final e muito forte o varejo”, diz Cabral.

Mas Lund, da FGV, acredita que o PIX deve ganhar mais espaço também entre as empresas, elevando também o volume transacionado. “Agora vai vir o PIX parcelado, a gente vai ver modalidades que estão previstas para entrar em circulação em breve.”

”O parcelamento do cartão tem um custo absurdo. Quem é alta renda não paga, mas a média e baixa renda tem o ônus das tarifas. O PIX pode ser um substituto do cartão”, complementa.

Mas, de fato, a penetração do PIX entre as empresas ainda é vista como um desafio. É o que destaca Marilyn Hahn, CRO e cofundadora do Bankly, ao comentar em artigo que, “apesar da forte adesão do PIX pelos brasileiros, é possível observar que cerca de 92% dos usuários ainda são pessoas físicas, ou seja, ainda se vê baixo engajamento do público PJ“.

Essas companhias parecem não sair da dinâmica do uso de TED, boleto ou mesmo, dependendo do negócio, da máquina de cartão. Dessa forma, é necessário estudar alternativas que possam preencher possíveis gaps”, diz.

Fonte: InvestNews (Meio de pagamento mais usado, Pix ainda perde para TED em volume transacionado | InvestNews)

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Interessante… eu pensava que o Pix já dominava a maior parte das transações, até mesmo por empresas. Mas acredito que está caminhando para isso.

Vamos ver até quando as transações via Pix vão continuar sendo isentas de taxas! :eyes:

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Eu idem.

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Empresas movimentam volumes muito maiores, por isso tomam mais cuidado em suas transações.

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Um pouco depreciativo esse comentário. TED é mais segura pois garante a devolução em casos de informações que não batem (agência, conta e o CPF/CNPJ). No caso de transações de valores elevados, os clientes são mais precavidos. Acredito que isso influencia muito esse comportamento.

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A portabilidade de salário é basicamente um TED. Talvez isso também pese nessa diferença entre o PIX e TED. Além do TED ser o único meio de enviar valores à corretoras.

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Faz tempo que não faço uma TED, acho que a última foi aqui no Nubank mesmo.

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O PIX faz o mesmo, a diferença é que a resposta para o erro é instantânea e não precisa esperar a transação falhar para receber de volta.

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Obrigado por compartilhar @laetemn

Já esperava por esse resultado, afinal, o TED ainda é amplamente utilizado. Eu mesmo recorro ao TED para algumas transações, uma vez que só comecei a utilizar o PIX este ano.

O mesmo se aplica ao dinheiro em espécie. Já ouvi algumas pessoas questionando se isso ainda existe. Sim, de acordo com o Banco Central, o volume de dinheiro em espécie é significativo e continua a crescer, mesmo com a introdução do PIX.

Fonte: (Dinheiro físico continua em alta no Brasil | Finanças | Valor Econômico)

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Acho que o pessoal aqui está confundindo as coisas.

O PIX é muito mais utilizado que o TED.

O texto faz referência ao fato do TED ser muito mais utilizado para transferir grandes (enormes) quantidades de dinheiro entre empresas, ao contrário do PIX, que é mais utilizado para pequenos valores.

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Em banco tradicional já existe a taxação do PIX pra conta PJ

Sim, o PIX e bem utilizado

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Se você transferir pela chave pix e errar algum número do telefone ou email, e se esse novo número ou email existir como chave pix, já era.

Por isso falei que TED tem mais essa segurança, pois te força usar agência, conta e o CPF/CNPJ. Enquanto o pix dá outras possibilidades que podem levar a acontecer o que mencionei anteriormente.

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Achava que o Pix ja tinha superado as Teds

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O pix é mais utilizado. Porém em volume menor de valor que o ted que são usados em quantias maiores.

Mas o pix é muito mais utilizado que o ted.

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Acredito que por ser uma tecnologia recente e os inúmeros casos de golpes envolvendo o PIX, empresas e pessoas ainda prefiram transacionar por TED e dinheiro vivo.

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Qual a diferença entre dizer que Pix é coisa de pobre ou Pix é usando majoritariamente por pessoas de baixa renda?

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Mas não existe chave pix no TED, então essa comparação não faz sentido, o pix ainda permite que você use os dados da conta para transferir e diferente do TED ele já te informa que a conta/agencias que digitou não está associado a nenhum titular.

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Justamente por não ter chave e te obrigar a digitar 3 dados. Se você não compreende isso, paciência.

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Não há necessidade em dizer que o pix é usado majoritariamente por tal classe social. Quase todo mundo usa.

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kermit-thats-a-very-good-point

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