Hoje (13/02) é comemorado o Dia Mundial do Rádio. Podemos dizer que na sociedade atual, os rádios são uma tecnologia comum no carro e em casa. Acredito que hoje seria difícil encontrar alguém que não tenha ouvido falar, ou tenha usado um rádio durante sua vida, independentemente da idade. Escrevendo aqui, me bateu a nostalgia de dirigir na estrada e ir mudando de estação conforme o sinal oscilava de uma cidade para a outra. Quem já viveu esse momento?
Mas não foi sempre assim, tá? Antes do rádio sem fio do século 19, a comunicação no dia a dia era quase uma fantasia. Mesmo após o desenvolvimento do rádio no final de 1800, levou muitos anos até se tornar popular e um acessório doméstico de fato. A trajetória do rádio é fascinante e mudou como o mundo se conectava e se comunicava a distâncias, tanto de longe quanto de perto.
Imagem de um rádio futurista produzida por IA (DALL-E)
Não há um consenso sobre quem foi o grande inventor do rádio. Embora o nome mais citado seja o do italiano Guglielmo Marconi, o padre brasileiro Roberto Landell de Moura também é importante nessa história. Foi ele que, em 1894, dois anos antes do estrangeiro, fez uma experiência de radiodifusão, que acabou sendo descartada pelos registros históricos.
Algumas curiosidades sobre a evolução do rádio no Brasil:
As primeiras experiências em radiodifusão no Brasil foram feitas em 1892 pelo padre gaúcho Roberto Landell de Moura, em Campinas, São Paulo.
A primeira transmissão nacional ocorreu em 7/09/1922, durante uma exposição comemorativa pelos 100 anos da Proclamação da Independência.
A primeira emissora brasileira foi a Rádio Sociedade em 1923, no Rio de Janeiro. Ela tinha como principal propósito promover a educação.
Em 1º de março de 1932, Getúlio Vargas assinou um decreto permitindo a veiculação de propaganda pelo rádio.
“A Voz do Brasil” foi instituída em 1935 e, 3 anos depois, passou a ser transmitida em rede nacional, visando a divulgação dos principais acontecimentos da vida nacional.
Na década de 1940, o meio de comunicação caiu de vez nas graças do público. Programas como o “Repórter Esso” - primeiro jornal, que estreou em 1941 - passaram a fazer parte da rotina dos brasileiros.
Mesmo antes da televisão, as novelas entraram nas casas brasileiras por meio do rádio. A primeira rádio-novela foi ao ar em 1941 pela Rádio Nacional. Chamava-se “Em Busca da Felicidade”, escrita pelo cubano Leandro Blanco e patrocinada pelo creme dental Colgate.
Mas o que podemos esperar para o futuro do áudio? Algumas tendências importantes já sugerem para onde as coisas estão indo. Uma delas é o crescimento de dispositivos ativados por voz, como alto-falantes inteligentes, e a crescente popularidade de assistentes virtuais ativados por voz, como o Alexa da Amazon e o Google Assistant. Isso facilita o acesso ao conteúdo de áudio sem usar as mãos e abre novas oportunidades para entretenimento e informações baseadas em áudio.
Outra tendência é o surgimento de podcasts e outros conteúdos de áudio sob demanda, que se tornaram cada vez mais populares nos últimos anos. Aliás, podemos mencionar os audiolivros aqui. Os podcasts oferecem uma forma flexível e acessível de conteúdo que nos permite consumir conteúdo quando e onde quisermos. Os podcasts se tornaram uma parte cada vez mais importante do cenário da mídia, com milhões de pessoas sintonizando para ouvir seus programas favoritos. Você tem um podcast favorito que não perde por nada? O Semanada do Nubank não é um podcast, mas é uma forma muito criativa de disponibilizar uma newsletter em áudio. Eu não perco!
Também precisamos mencionar os avanços em inteligência artificial que certamente ganharão um papel significativo na formação do futuro do áudio. As ferramentas com IA podem ser usadas para criar experiências de áudio mais sofisticadas e personalizadas, como transmissões de notícias personalizadas ou podcasts adaptados aos interesses e preferências de um indivíduo.
Concluindo, a história do rádio tem sido de adaptação e evolução. Desde a primeira transmissão sem fio até o surgimento de podcasts e dispositivos ativados por voz, o rádio sempre esteve na vanguarda da mudança tecnológica. À medida que o mundo continua a evoluir e surgem novas tecnologias, é provável que o futuro do áudio seja moldado pelo mesmo espírito de inovação que definiu a indústria por mais de um século. Como você consome o rádio ou conteúdos em áudio na sua rotina?
Que tópico nostálgico! Faz uns bons anos que não escuto rádio, mas por aqui ainda se vê muito nos carros fretados, lembro quando tinha ± 12 anos e colocava na estação que tivesse tocando músicas enquanto estudava.
Olha só que maravilhoso, como a tecnologia veio para somar nas nossas vidas.
De um tempo para cá estou tendo interesse em podcast e audiolivro.
Tenho varios. Amo os de finanças e entrevistas. Ouço muito PrimoCast, Inteligencia LTDA, JotaJotaPodcast, BrunetCast, Flow, PodPah, Os Socios, e não podia faltar a Semanada <3
Com certeza! Às vezes era uma luta encontrar uma estação funcionando, às vezes uma surpresa agradável ao descobrir uma nova estação que só toca música que a gente gosta. Nas rotas frequentes e já “manjadas” a gente até já tinha uma sequência de estações programada pra ir sintonizando no caminho; aliás, ainda me vejo fazendo isso hoje.
Quando eu era criança, lembro que ficava ligado no rádio com o gravador de fita cassete preparadíssimo, só esperando tocar aquela música que eu gostava.
Outra curiosidade da minha relação com o rádio foi numa época em que eu tinha deixado de ir ao trabalho de carro e passei a ir a pé. Ir a pé ao trabalho é um privilégio e tanto, mas sabem do que eu senti falta? De ouvir o programa “O Pulo do Gato”, com o radialista José Paulo de Andrade na rádio Bandeirantes, que eu ouvia no carro, a caminho do trabalho. Foi só ali que eu percebi o quanto o rádio era um elemento importante na minha rotina diária.
Opa vou voltar as minhas origens kkkkkk obg @Julian_Lopes pelo tópico.
Deu no rádio, podes crer . Eita como lembro de quando morava na zona rural e so tinha Rádio, pense ai ouvir um jogo de futebol pelo Rádio, quando pensava que meu time estava no gool do adversário ja estava no outro gool kkkkkkk. Eita que ja ouvi José Carlos de Araújo narrando jogo pelo Radio.
Ainda tenho o hábito de quando estou dirigindo, sintonizar em alguma FM.
Caraca Fernando! Você reviveu muitas memórias, não peguei essa época da fita cassete, mas gravava a música com o celular do lado, a minha decepção era quando o locutor falava a hora durante a música
Ouvi algumas no Spotify, e é interessante usar a imaginação pra criar as cenas com base no que é escutado, “assisti” e gostei de duas: paciente 63 e Sofia
Tenho uma caixinha bluetooth que prefiro ouvir rádio à parear com o celular. Nunca tive a paciência de ouvir um álbum /cd do mesmo artista, e o que mais me encanta no rádio é ser surpreendido por uma música que não esperava, além de alguns programas com notícia, e interação dos ouvintes.
Pra quem está longe de casa, mas quer ouvir a programação local, o TuneIn é uma ótima alternativa
Conta com centenas de rádios de todo o mundo, que podem ser ouvidas com uso da internet
Nossa! Eu ficava com muita raiva quando o locutor entrava na música também. Ahhhhh! E o pior é que depois dava um trabalhão voltar até o ponto certo na fita pra gravar por cima…
Hoje em dia ainda existem rádios que tocam apenas música como antigamente? As poucas que vi nos últimos anos eram mais entrevistas ou programas e quase nenhum momento de música como antes.
Nossa! Isso mesmo! Lá em casa a gente ficava um tempão indo e voltando a fita tentando adivinhar a letra em inglês das músicas internacionais. Saía cada bizarrice
E hoje em dia pensar que a maior dúvida é descobrir o nome da música KKKKK Quando tem uma música que quero muito saber o nome e o inglês não tá 100%, a pesquisa pela música é triste