Estou trazendo meu relato em forma de ajuda e tambem para tentar buscar algumas respostas…
No mês de setembro do ano passado, sofri um acidente de trânsito no qual meu veículo foi destruído e declarado perda total pela seguradora. Como resultado, estava em busca de um novo veículo e utilizei o dinheiro do seguro e todas as minhas economias para comprar outro carro.
Entrei em contato com um rapaz que estava vendendo um veículo de meu interesse no Facebook. Começamos a negociar e ele afirmou que o carro estava em nome de sua prima, que o havia obtido em um negócio. Marcamos de nos encontrar em um cartório na minha região para finalizar o negócio, caso tudo corresse bem.
Na manhã marcada, o suposto negociador alegou um imprevisto e não pôde comparecer pessoalmente. Em vez disso, disse que sua prima, cujo nome estava no documento do carro, e o marido dela iriam representá-lo. Quando chegaram, o carro parecia estar em perfeitas condições, e a suposta prima tinha o documento de transferência com o campo de assinatura em branco.
Fomos para o cartório e procedemos com as assinaturas. Enquanto isso, o negociador falava comigo e com o marido da suposta prima, que também estava negociando com ele. Quando o documento foi para registro, o golpista me passou a chave PIX pelo telefone. Apesar de algumas tentativas fracassadas, na terceira e última vez a chave PIX funcionou, e eu fiz um PIX de 32 mil para a conta do golpista.
Durante esse tempo, a suposta prima do golpista ficou nervosa e me deixou nervoso também, insinuando que eu poderia estar tentando dar um golpe. Demorou alguns minutos para percebermos que estávamos sendo vítimas de um golpe, quando o caixa do cartório nos chamou para pegar o documento e o marido da mulher mencionou que ainda esperava o PIX do Vagner (que era o rapaz com quem eu falava e transferi o dinheiro). Foi nesse momento que percebemos que se tratava de um golpe.
Quando confrontado, o marido da proprietaria do veiculo disse que Vaguiner(golpista) tinha falado que eu era sobrinho dele e que estávamos comprando o carro para dar a um sócio que estava saindo da sociedade. Percebemos que o golpista nos enrolou, pois o casol era os verdadeiros donos do carro e haviam anunciado o veículo dias antes, e o golpista utilizou um perfil falso no Facebook para aplicar o golpe.
Imediatamente, fomos à delegacia para registrar um Boletim de Ocorrência e, no caminho, entrei em contato com o Nubank para cancelar o PIX. Infelizmente, o golpista já havia esvaziado a conta e não foi possível recuperar o dinheiro. Procurei um advogado especializado e segui todas as instruções, entrando com uma ação contra o Nubank e o Bradesco, a instituição do golpista.
Nesta situação, fui completamente lesado, enfrentando noites sem dormir e me sentindo idiota. No entanto, comecei a questionar como é tão fácil aplicar golpes e escapar impune.
Como o golpista conseguiu sacar tanto dinheiro tão rapidamente?
Por que o Nubank não me alertou sobre possíveis fraudes ou bloqueou a transação depois de tantas tentativas?
A conta do Bradesco para onde o dinheiro foi enviado é legítima ou falsa?
É uma conta de laranja?
Como é possível que um golpista utilize um banco para cometer crimes?
O que os bancos estão fazendo para evitar esse tipo de ação em suas instituições?
Essas são perguntas válidas que espero que sejam abordadas durante o processo judicial.
Não sei se ganharei a causa ou receberei indenização, mas quero respostas para essas questões. Pois essa facilidade e impunidade está destruindo vidas, hj estou correndo atrás do prejuizo, mas com certeza um back desses em pessoas com o psicologico mais fragil teria sido o comço de uma depressão enorme…