Também, antes de achar que faz jus àquele cartão de crédito black, pergunte-se a real necessidade dele. Crédito NÃO É RENDA !!!
A análise do Índice de Endividamento (IE) de determinada pessoa ajuda a avaliar sua saúde financeira e existem 2 abordagens:
Ótica do fluxo de caixa: nesta análise, o índice mede a porcentagem da renda mensal que está comprometida com o pagamento de dívidas e permite que credores, administradores e planejadores financeiros avaliem os riscos de determinada situação financeira.
Exemplo: A renda mensal líquida de Fulano é R$ 7.800,00. O montante dos pagamentos relativos a prestações de empréstimos, financiamentos e compras parceladas é R$ 2.340,00.
O índice de endividamento de Fulano é (2.340/7.800)*100 = 30%.
Significa que 30% da renda mensal de Fulano está comprometida com o pagamento de dívidas.
Ótica do patrimônio: aqui o índice de endividamento pessoal indica qual a porcentagem do total de ativos foi adquirida com recursos de terceiros, com a utilização de créditos, representados no total de passivos da pessoa.
Exemplo: Beltrana tem ativos no valor de R$ 1 milhão. Suas dívidas, representadas pelo saldo devedor do financiamento imobiliário e do carro, somam R$ 450 mil. Seu índice de endividamento é (450.000/1.000.000)*100 = 45%.
Significa que 45% dos ativos de Beltrana são financiados por capital de terceiros, ou seja, não foram adquiridos com capital próprio.
É saudável manter o IE abaixo de 30% para garantir a capacidade de pagamento e quitar os compromissos nos prazos contratados.
As pessoas com IE entre 31% e 45% estão comprometendo uma fatia significativa da renda com o pagamento de dívidas e provavelmente já perderam ou estão perto de perder o controle da situação. É fundamental rever os hábitos de consumo, aumentar a renda ou vender algum ativo para reduzir rapidamente o montante de dívidas.
Isto é muito similar ao utilizado em análise de balanços de empresas: a capacidade dela em honrar seus pagamentos e o quanto ela está alavancada.
@anon30102627 Excelente conteudo. Continue nos trazendo esse tipo de conteudo é super importante para que possamos aprender a cada dia sobre investimentos e vida financeira.
Bem pontuado… o cartão de crédito nos dá a “falsa” sensação de que temos dinheiro sobrando, mas se não tivermos um controle rigoroso, pode se tornar o pior vilão em nossa vida financeira, fazendo os gastos virarem uma bola de neve e o salário acaba ficando quase que completamente (ou todo) por conta de pagar fatura do cartão!
Realmente… quando chegamos nesse ponto, facilmente perdemos o controle!
Então @ThiagoMoura , o próprio livro usado como fonte cita que financiar a aquisição de patrimônio faz sentido (dentro de um limite é claro) e que financiar consumo é pernicioso para nossa vida como você mencionou (e concordo, particularmente).
Mas, há autores que também são contra financiar patrimônio, que o certo mesmo é poupar para comprar à vista. Agora, considerando o quanto custam imóveis por exemplo versus a renda do brasileiro, talvez esta afirmativa seja utópica.
De toda forma, vale a reflexão.
Também acho! A maioria dos brasileiros passaria 30 anos ou mais para conseguir poupar dinheiro para adquirir um imóvel a vista (isso considerando um imóvel mais simples), o que na prática, não faz muito sentido para as pessoas que sonham em ter sua casa própria.
Com certeza! É sempre válido fazer esse tipo de reflexão, pois alguns autores meio que generalizam certas coisas sem considerarem os diversos fatores e realidades envolvidas nesse contexto.