Saudades do @anon30102627, agregava demais à Comunidade. Fica a dica de dar uma pesquisada nos tópicos que ele criou…
O @LuckPass também já trouxe contribuições riquíssimas sobre renda fixa. Vou deixar aqui uma citação de um tópico dele que vale a pena ler:
Mas, no caso em pauta, não estamos falando do risco de rentabilidade, mas do risco de o banco conseguir honrar seus compromissos. Só a rentabilidade superior, tudo o mais igual, já seria um indicativo de que o risco deve ser maior…
Em investimentos, risco baixo, risco moderado e risco alto classificam o nível de incerteza sobre a possibilidade de perda de parte ou de todo o valor aplicado — e a variação esperada nos resultados.
1. Risco Baixo na Renda Fixa
O que significa: Probabilidade muito pequena de o emissor não pagar (inadimplência) e/ou de o valor investido oscilar.
Fatores de segurança:
Garantia do FGC (Fundo Garantidor de Créditos) até R$ 250 mil por CPF e por instituição.
Emitido pelo Governo Federal ou por bancos sólidos.
Exemplos:
Tesouro Selic (título público).
CDB, LCI, LCA de bancos grandes e prazos curtos.
Risco principal: Baixíssimo — basicamente o risco de crédito do emissor, quase nulo no Tesouro Nacional.
Retorno: Menor, mas estável.
2. Risco Moderado na Renda Fixa
O que significa: Ainda é seguro, mas pode ter oscilações no preço de mercado antes do vencimento ou riscos maiores de crédito se o emissor for privado.
Fatores de risco:
Marcação a mercado: títulos prefixados ou atrelados ao IPCA podem perder valor se vendidos antes do vencimento quando os juros sobem.
Bancos menores ou empresas com risco maior.
Exemplos:
Tesouro Prefixado ou Tesouro IPCA+ (se vendidos antes do vencimento).
CDBs, LCIs e LCAs de bancos médios.
Debêntures de empresas sólidas.
Risco principal: Oscilação de preço no curto prazo + risco de crédito moderado.
Retorno: Maior que o de risco baixo.
3. Risco Alto na Renda Fixa
O que significa: Maior probabilidade de perdas, principalmente por risco de crédito ou liquidez, embora ainda haja pagamento de juros definido no contrato.
Fatores de risco:
Empresa ou banco emissor com menor saúde financeira.
Não ter FGC.
Oscilação alta do preço antes do vencimento.
Exemplos:
Debêntures incentivadas de empresas pequenas.
CRI/CRA (Certificados de Recebíveis Imobiliários ou do Agronegócio) sem garantias sólidas.
Títulos de bancos de risco elevado.
Risco principal: Inadimplência e dificuldade de resgatar antes do prazo.
Retorno: Potencialmente alto para compensar o risco.
As alterações passam a valer a partir do dia 1º de junho de 2026 e buscam inibir a tomada de riscos excessivos por parte dos bancos e, consequentemente, preservar a estabilidade do sistema financeiro.
A principal alteração aprovada pelo CMN está relacionada ao cálculo do limite de garantia do FGC. Antes, a cobertura de R$ 250 mil por CPF era válida por instituição financeira, mesmo que ela fizesse parte de um mesmo conglomerado.
Com a nova regra, essa garantia passa a ser calculada por conglomerado e não mais por CNPJ individual. Isso significa que, se você investir em dois bancos diferentes que pertencem ao mesmo grupo econômico, a soma dos valores garantidos será limitada a R$ 250 mil — e não mais R$ 500 mil, como era possível antes.
O que o investidor deve fazer agora?
Para quem já investe ou pensa em investir em CDBs com garantia do FGC, é hora de reavaliar a carteira com atenção redobrada:
Verifique se os emissores pertencem ao mesmo conglomerado financeiro.
Diversifique os investimentos, escolhendo bancos de grupos distintos para manter a cobertura total do FGC.
Acompanhe as movimentações do mercado e priorize instituições sólidas, mesmo que ofereçam uma rentabilidade um pouco menor.
Consulte um assessor de investimentos para alinhar seus objetivos com o novo cenário.
Além das questões já levantadas (risco do emissor e existência ou não da garantia do FGC), o que pode influenciar na classificação de risco é o tipo de juros e a liquidez.
Títulos pós-fixados são considerados de menor risco que pré-fixados ou atrelados à inflação. E títulos com liquidez menos arriscados do que sem liquidez.
Resposta curta: chance do banco emissor dar calote e não cumprir, sumindo com seu dinheiro todo investido naquele banco que deu o CDB, LCI, LCA, RDB, por estar quebrando ou falindo.
Resposta não tão longa: todo banco empresta mais dinheiro do que tem em caixa, saldo. Na média varia emprestar 6x a 10x mais do que tem de verdade, banco imprime dinheiro virtual inexistente do nada. Chamado de índice de Basileia.
Aí existem vários mecanismos e tecnicas para saber se o banco está emprestando para pessoas honestas ou pessoas que nunca irão pagar os empréstimos e dar calotes, índice de Inadimplencia.
Aí quando o índice de Inadimplencia estiver muito alto + índice de Basileia em nível crítico, o risco fica alto, alto risco do banco dar calotes em todos CDB, LCI, LCA, em nome dele.
Mesmo assim, existe o FGC de até 250k reais. Ou seja, o governo paga via FGC até 250k reais por CPF se banco der calotes, mas prazo pode demorar meses para receber o dinheiro de volta, sem correção de juros e multa.
Como renda fixa é para ser fácil e seguro, para quem não quer dor de cabeça alguma, existem esses índices de riscos. Quando o risco é alto, 99% das vezes paga mais porque o próprio banco sabe que ele está quebrando, falindo. 90% dos casos é por inadimplencia dos clientes que pegou emprestado. 10% das vezes é porque banco investiu mal como precatorios.
Concordo que deixei confuso. Estava com preguiça de digitar.
Sim, é um fundo de gestão privada. Mas a ideia, criação e regulação na época foi do governo. Após Collor pegar a poupança de todos.
O que o governo tem a ver ainda com FGC? De forma indireta. O banco central pode negar um banco comprar outro banco falindo para não gerar calote FGC em massa e falta liquidez, exemplo BRB e Master.
Ou seja, mesmo FGC sendo privado, tem muito envolvimento do governo em manter uma boa liquidez do FGC, evitando golpes ou usar FGC como seguro perpétuo para arriscar do lado do banco.
Toda nomeação do Conselho, diretoria FGC é dada pelo governo. Só a conta que está o dinheiro é privado. Cada banco deposita uma % ao FGC e virá um fundão, um seguro coletivo. Mas todas regras, diretrizes, nomeações, aprovações de aquisições, é 100% do governo.