Vamos compartilhar nossa trajetória de poupadores para investidores para inspirar quem quer mudar o mindset?
Eu tenho uma base de educação financeira… Educação exatamente, não, porque não lembro de ninguém ter me ensinado, mas tenho um histórico de cuidar bem do meu dinheiro, desde quando eu vendia pulseiras, brincos, anéis, canetinhas coloridas e borrachas perfumadas na escola. Em seguida, passei a vender revistinha da Hermes, Avon e afins pra uma tia, que me repassava o valor referente as minhas vendas. Eu já tinha uma poupança e tinha um cofrinho.
Aí, aos 14 anos, 1993, último ano antes do Plano Real, inflação gritando, eu pedi a minha mãe pra comprar dólares pra mim com um dinheirinho meu poupado porque eu queria comprar o abadá de um bloco no ano seguinte (na época, chamava mortalha ) e naquela época, não saberíamos nem se a moeda iria estar em circulação, imagine ter o mesmo valor. Agora, não me perguntem como essa coisa de comprar dólares pra garantir o valor do meu dinheiro veio parar na minha cabeça, porque minha mãe nunca foi uma pessoa muito organizada financeiramente. Acho que eu devo ter assistido no jornal.
Depois, que comecei a trabalhar, estipulei que ia guardar uma porcentagem por mês na poupança. Passava os primeiros meses, controlando os gastos pra saber quanto me sobrava por mês e poupava. Dali, definia a porcentagem que aquilo representava. Logo, se em algum mês, eu fizesse hora extra no trabalho ou fizesse alguma atividade remunerada extra trabalho, eu guardava o valor correspondente àquela proporção que eu havia estipulado. Isso foi sempre tão bom!
Resumo
Abrindo um parêntese, já fiz muita renda extra durante my life. Fiscalização de prova em escola particular, digitação de apostila, divulgação de processo seletivo, panfletagem, animação de loja, vender bolo de pote, brigadeiro, abadá de bloco de carnaval fora de época e vender à vista os que eu ganhava de comissão, entre outras tantas atividades.
Até algum tempo atrás, minha educação financeira se resumia em ter criatividade e disposição para gerar renda extra e poupar para metas (cama, guarda-roupa, viajar, passagens aéreas, até um mochilão pela Europa, fiz um pelo Brasil, mas esse aí, poupei pouco e custeei pela estrada). Até ali, eu nunca tive visão de longo prazo. Juntava pra realizar tal sonho, voltava pra estaca zero, juntava de novo, sempre assim. Isso perdurou por anos.
Mas, ano passado, perto do meu mochilão pelo Brasil acabar, eu descobri um novo mundo. Um mundo que ia além da poupança. Eu até sabia que ele existia, mas, não sabia que ele era acessível aos mortais como eu!
Então, em março do ano passado, quando eu voltei do meu último mochilão, comecei a estudar sobre renda fixa. Acompanhando canais no YouTuibe e pesquisando textos na Internet quando queria me aprofundar mais. Mas, os vídeos dos canais, se assistidos com atenção e confrontados, nos permitem aprender muuuuita coisa (vou deixar os links dos canais ao final, como dica).
Então, comecei a estudar sobre renda fixa em março do ano passado e em outubro do ano passado, comecei a formar minha reserva de segurança na Nuconta. Nunca havia pensado nisso. Até então, sempre poupava, usava, poupava novamente, utilizava, voltava a poupar. Em janeiro deste ano, passei a dividir os aportes da reserva de segurança entre a Nuconta e o Tesouro Selic. Em janeiro último ainda, mesmo com apenas 1/3 da minha meta da reserva de segurança atingida, comecei a diversificar e passei a aportar também pro longo prazo num IPCA+2035. Então, a partir de janeiro, mensalmente invisto na Nuconta, Selic e o IPCA+2035. Além disso, em janeiro, investi em um pré-fixado 2022 e em um pré-fixado 2025, pensando no curto e médio prazo.
E em abril, eu investi R$ 1.000,00 numa LCI 100% do CDI com vencimento pra novembro. Classifiquei ela como de curtíssimo prazo com o objetivo de usar a grana do resgate pra começar a investir na renda variável. Só que, como no início deste ano, também comecei a estudar e pesquisar, com a mesma dedicação, sobre renda variável, já me identifiquei com o Buy and Hold e acredito que bem antes de novembro, vou dar meus primeiros passinhos na variável e começar a investir nas ações da carteira que estou desenhando pra montar pensando no longo prazo.
Então, é isso, gente.
Vamos estudar, pesquisar, repensar a forma como se lida como dinheiro, se organizar, arregaçar as mangas, ficar de olho no mercado e conquistar nossa independência financeira!
Dicas de canais no YouTube para ajudar no processo de educação financeira e investimentos a qualquer tempo:
Minha dica:
Assistam aos vídeos desses canais por tema, assistindo vídeos avulsos ou escolhendo playlists afins. Encontrou um conceito ou uma dica interessante, pesquisem mais.
Vão no canal dos outros, ponham o termo na lupa e vão comparando o que cada um vai falando, como explicam e vão construindo conhecimento. Ouviram um termo novo e não entenderam, deem uma pausa no vídeo, pesquisem outros vídeos afins que tratem diretamente sobre o assunto ou procurem sobre o termo no Google, só então voltem pro vídeo que haviam pausado.
Muita dedicação a todos!