Acabei de assistir a Live da Cristiana Junqueira (Co-fundadora do Nubank) que rolou no TikTok e ela confirmou exatamente tudo o que venho publicando há dias aqui na comunidade. Visto isso, acredito que seja interessante compartilhar meu ponto de vista.
Como eu não sou nenhum especialista em finanças, vou me basear no conhecimento de reportagens e especialistas da área.
Nubank é uma empresa para daqui 20, 30, 40 anos.
De longe, essa foi a afirmação que mais me chamou atenção, pois mostra claramente qual é a visão da empresa.
Todo mundo aqui já está cansado de saber que o Nubank está no prejuízo e seu concorrente lucrando. Mas, o que algumas pessoas parecem não entender é que a estratégia do Nubank é exatamente criar um relacionamento sólido com seus consumidores, o que resulta em não dispor de um capital aberto e lucro imediato.
Com a chegada do PIX, é um grande passo para a inexistência do dinheiro físico como conhecemos hoje.
Por exemplo, há muitos clientes desejando o saque gratuito nos caixas eletrônicos. Entretanto, a Cris deixou bem claro que é tudo uma questão de prioridade. Entre elas está a inovação.
Logo, não faz sentido algum a empresa gastar tempo, dinheiro e recursos voláteis a ponto de solucionar um problema que logo deixará de existir simplesmente com a mudança dos hábitos do consumidor, como essa questão do saque sendo dinheiro físico deixará de existir. Até porque hoje já é possível ficar totalmente independente desse recurso.
https://www.codemoney.com.br/blog/o-fim-do-dinheiro-fisico-esta-proximo/
“Ah, mas Lucas, eu tenho essa necessidade agora, não depois”.
Eu entendo isso. Nesse caso, o Nubank estará sempre de portas abertas te aguardando. Eu mesmo nem sei quando foi a última vez que precisei ir até um caixa eletrônico sacar dinheiro. Com tantas opções de carteiras digitais e facilidade tecnológica essa função está sendo sustentada apenas por aqueles mais conservadores.
Vários produtos que estão pedindo para nós ainda estão bem distantes de acontecer.
As pessoas muitas vezes associam quantidade a um produto de qualidade.
Se o o limite/rendimento é maior, se tem mais produtos disponíveis etc, automaticamente viram sinônimos do Nubank estar atrás da concorrência, o que por si só não faz o menor sentido visto que a companhia abriga mais de 20 milhões de clientes. Caso contrário, poderíamos dizer que o Nubank seria o pior “banco”.
Mas lusca, o nibink num íii um banquiiiiiii.
Tá, tá, tá, chega, próximo. Não é, mas direto vejo comparações aqui com bancos. E calma, não vejo problema algum nisso. A questão é usar tais comparações como justificativa de dizer “AAAAH, NUBANK TÁ ATRÁS DOS CONCORRENTES KKKK”.
Menos é mais.
Recentemente terminei de ler um livro chamado “Menos é Mais”, da Francine Jay. E cara, isso bate exatamente a filosofia da empresa de que fazer MENOS COM MAESTRIA é muito melhor do que fazer muitos produtos/serviços e acabar ficando porco.
E olha… há dezenas de bancos por aí que estão copiando e colando produtos sem grandes diferenciais, colocando em seu portfólio porque sabem que é uma forma de ganhar dinheiro fácil em cima dos clientes.
Quando a Cris diz que é uma empresa para o futuro, não significa que a mesma deixará de prestar soluções imediatas, mas isso precisa ser bem feito e obviamente é necessário muito estudo e trabalho, resultando assim um longo prazo para trazer resultados.
E sim, eu sei que tem aquela questão de “ah, mas quanto mais tempo se passa em uma empresa que está recebendo investimento mais difícil fica vendê-la”, mas isso será tema para um outro tópico já que esse ficou bem extenso.
Em pequenos passos, a empresa vêm trazendo grandes mudanças no modo como entendemos o dinheiro, a ponto dos grandes bancos seguirem seus passos com inúmeras contas digitais (mesmo que mal formuladas).