Não tem como fugir da lembrança do porquinho de barro do meu pai. Ele sempre guardava moedas de troco lá. Todo final de ano o porco era quebrado e eu ajudava na separação das moedas para facilitar a contagem.
Alguns anos depois acabei ganhando o meu próprio porquinho, mas eu não gostava muito e preferia a versão feita de lata de leite. A de lata dava para abrir e fazer recontagem e ainda não deixava as cédulas mofadas.
Com um objetivo em mente, comprar um GameBoy, iniciei a minha saga de juntar dinheiro. Fui guardando tudo que ganhava (Ganhei até apelido de Tio patinhas. kkk). Troco da padaria, dinheiro de lanche etc… (Eu não recebia mesada).
Não lembro exatamente qual era o valor da meta e nem quanto tinha juntado… mas lembro que passamos por um período complicado com algumas dividas acumuladas em casa, a lembrança que tenho é ao ver minha mãe chorar por precisar de um valor X para resolver algum imprevisto.
Confesso que fiquei triste, mas abri minha latinha e dei todo valor que tinha lá para ajudar naquele momento.
Desse dia passei a entender a importância de uma reserva para emergências.
O que aprendi?
Aprendi que com dinheiro podemos conquistar nossos sonhos, mas que com ele também iremos resolver alguns “Monstros” que aparece de surpresa em nossas vidas.
Os cofrinhos são um clássico né! Os meus sempre foram de lata ou plástico e lembro de ficar com dó de abrir e destruir o cofrinho mas era só ver as moedas que a alegria tomava conta.
Um clássico ter aqueles porquinhos, quando aqui enchia lembrava de quebrar com um martelo junto com os meus pais, obrigado por compartilhar a sua história com a gente