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Como esse imenso universo de renda variável não contém apenas ações, cada produto disponível tem sua finalidade específica, então vamos explicar no post dessa semana sobre a Jornada da Renda Variável o que são os famosos dividendos e porque é uma boa estratégia reinvestir seus ganhos nessas mesmas empresas pagadoras de dividendos.
Agora, se você não acompanhou nossa jornada de renda variável desde o início, é só acessar através dos links abaixo:
- O início
- Os tipos de ações e BDRs
- O que são dividendos
- Fundos Imobiliários e ETFs (em breve)
- Tipos de ordens (em breve)
- Inplits, splits, direitos de subscrição e bonificações (em breve)
- Opções e mercado futuro (em breve)
- Análise técnica e fundamentalista (em breve)
Dividendo é um tipo de remuneração que as empresas pagam para seus acionistas (donos dos pedacinhos) como forma de recompensá-los por acreditarem na empresa a ponto de usarem seu dinheiro para comprar ações da companhia. Ao pagar dividendos, a empresa está remunerando quem está ali confiando no trabalho deles e acredita que a empresa vai continuar crescendo de forma saudável.
Mas afinal, de onde vem esse dinheiro? É uma parte do lucro que a empresa distribui e que sua política de dividendos estabelece. Muitas empresas adotam um percentual mínimo de 25%, mas existem outras que adotam percentuais menores ou maiores, e não há um limite mínimo estabelecido por lei, mas se a empresa não tiver esse dado definido no seu estatuto social, é obrigada a distribuir no mínimo 50% do seu lucro.
Para participar da distribuição de dividendos de uma empresa temos que estar atentos a algumas datas:
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Data de aprovação: também conhecida como Data de Declaração é a data em que a empresa anuncia a quantia que será paga em dividendos por ação, a data ex-dividendos e também a data do pagamento. Após esse anúncio, a empresa se compromete em arcar com a remuneração aos seus acionistas na data estipulada.
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Data Com: a data de corte para o investidor adquirir as ações da companhia que dão o direito de participar da distribuição de proventos, ou seja, é o último dia que o investidor tem para comprar as ações e poder receber os dividendos.
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Data Ex: é a data em que as ações não negociam mais com o direito ao recebimento de dividendos, e sendo assim, aqueles que comprarem nessa data não terão mais direito de recebimento.
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Data de pagamento: é a data em que são depositados os dividendos na conta do investidor, e que de fato ocorre o pagamento desses recursos.
Outra forma de remuneração que a empresa pode distribuir são os chamados Juros sobre Capital Próprio (ou JCP), funcionam da mesma forma que os dividendos, a única diferença é na forma de tributação que a empresa e/ou o investidor sofre, mas quem decide entre uma forma ou outra de remuneração é a empresa, então o investidor não pode opinar por qual forma ele quer ser remunerado.
Na prática mesmo com a forma de tributação ser diferente, elas se equilibram:
- Para o acionista o JCP tem alíquota de 15% de IR tributado na fonte, e o Dividendo é isento.
- Já para a empresa, o JCP é lançado como despesa e assim não é tributado, e o dividendo é tributado em 25% sobre o lucro gerado. E depois que eu receber meus dividendos ou JCP, o que eu faço? Muitos investidores não se atentam sobre a importância de reinvestir os dividendos e gastam esse dinheiro recebido, assim estão perdendo oportunidade de acelerar o processo de construção de seu patrimônio.
Por quê? O patrimônio de um investidor é proporcional ao número de ações que ele possui. Se o investidor utilizar os dividendos recebidos para adquirir mais ações de empresas boas pagadoras de dividendos, ao longo do tempo o número de ações que ele detém irá aumentar e o recebimento desses dividendos irão aumentar na mesma proporção.
Só é indicado não reinvestir os proventos se o investidor já é independente financeiramente, ou seja, consegue pagar todas as contas do mês com a renda passiva vinda dos investimentos, e que tenha um patrimônio que permita essa aposentadoria. Caso contrário, sempre aconselhamos o reinvestimento dos dividendos, pois quando há esse pagamento de lucros ao acionista, é como se você estivesse fazendo um “saque” da sua conta de investimentos, o que diminui seu patrimônio. Vamos ilustrar como isso acontece: imagine que você tenha uma ação ABCD4 com preço de R$ 10 e a empresa faz o pagamento de dividendo de R$ 1 por ação. Nesse caso, após a data ex, a cotação das suas ações automaticamente serão ajustadas na bolsa para R$ 9, já que você recebeu R$ 1 de lucro, então é como se você estivesse tirando de um bolso e colocando no outro. Fica a seu critério escolher o destino desse lucro embolsado.
E assim chegamos no fim de mais um conteúdo sobre renda variável. Gostaram do conteúdo?
A Jornada da Renda Variável é a segunda parte da série de posts sobre investimento. A primeira parte, sobre renda fixa, está disponível aqui em baixo:
- Renda Fixa
- Jornada da Renda Fixa: RF 101
- Jornada da Renda Fixa: principais opções e dicas p/ reserva
- Jornada da Renda Fixa: CRI/CRA/Debêntures e isenção de IR
- Jornada da Renda Fixa: inflação e juros. Como nos afetam?
E se você não entendeu alguns termos ou ficou com alguma dúvida, não se preocupe, ao longo das próximas semanas vamos detalhar tudo para vocês, por isso não percam as próximas publicações.
Um abraço e até semana que vem!